Pioneiro na fertilização in vitro

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Pioneiro na fertilização in vitro

Robert Edwards (Batley, Leeds, Manchester, 27 de setembro de 1925 – Londres, 10 de abril de 2013), fisiologista britânico, pioneiro da fertilização in vitro.

Robert Edwards, professor emérito da Universidade de Cambrigde, criador do método para fertilização in vitro, concebido em 1978, recebeu o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2010.

O pesquisador britânico Robert Edwards, prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina em 2010 e pioneiro na fertilização in vitro (FIV)

Edwards desenvolveu a técnica que permitiu o nascimento do primeiro bebê de proveta, a britânica Louise Brown, que veio ao mundo em 1978, e também revolucionou o tratamento da esterilidade através dos tratamentos de reprodução assistida.

O prêmio Nobel, que começou a pesquisar a fertilização in vitro em meados da década de 50, teve que vencer “desafios monumentais” no campo da ciência e, inclusive, superar a “forte oposição do sistema”, que freava suas pesquisas através de obstáculos éticos, segundo o Instituto Karolinska de Estocolmo.

Após a concessão do prêmio a Edwards, o Vaticano se mostrou “perplexo” pela decisão. “Sem Edwards não haveria congeladores cheios de embriões à espera de serem transferidos para um útero ou serem utilizados em pesquisas”, manifestou então o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, o espanhol Carrasco de Paula.

Ao longo de sua pesquisa, o cientista britânico descobriu como extrair o óvulo do corpo da mulher, descreveu os períodos nos quais o óvulo está preparado para ser fertilizado e desenvolveu a técnica para que os espermatozóides se ativem e fecundem o óvulo.

Edwards desenvolveu primeiro sua técnica em animais e, posteriormente, demonstrou que o embrião humano também podia ser cultivado para dar espaço ao nascimento de uma criança.

O êxito do método também supôs uma “revolução” no tratamento da infertilidade, segundo o Instituto Karolinska, um problema que afeta cerca de 10% dos casais no mundo todo.

Mesmo assim, as dúvidas éticas e científicas que em torno das pesquisas de Edwards fizeram com que o mesmo não recebesse apoio financeiro por parte do organismo britânico Medical Research Council em um primeiro momento.

O nascimento de Louise Brown, o primeiro bebê proveta do mundo, e a publicação dessa conquista na revista científica “The Lancet” fizeram com que outros laboratórios começassem a trabalhar para reproduzir os resultados da descoberta de Edwards, tida como um “acontecimento histórico” pelo Instituto Karolinska.
(Fonte: EFE – Agencia EFE – Todos os direitos reservados. Está proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agencia EFE S/A.)
(Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/europa – NOTÍCIAS – MUNDO – EUROPA – 10 de Abril de 2013)

Nascido em 27 de setembro de 1925 na localidade de Batley, perto de Leeds, no norte da Inglaterra, serviu no exército britânico de 1944 a 1948, antes de iniciar seus estudos de biologia na Universidade de Bangor, em Gales, e depois em Edimburgo, na Escócia, onde se doutorou em 1955 com uma tese sobre o desenvolvimento embrionário dos ratos.

Depois de um primeiro emprego no Instituto Nacional de Pesquisa Científica em Londres, começou a trabalhar em 1963 na Universidade de Cambridge, onde, cinco anos mais tarde, viu pela primeira vez a vida ser criada fora do útero.

“Jamais esquecerei do dia que olhei em meu microscópio e vi algo diferente nos cultivos”, afirmou Edwards em 2008. “O que vi foi um blastocisto humano me olhando fixamente. Pensei: conseguimos”, acrescentou.

Uma década depois, em 25 de junho de 1978, nasceu Louise Brown, fruto da primeira fecundação in vitro — fecundação dos ovócitos pelos espermatozóides fora do corpo da mãe –, em um parto cercado do mais absoluto sigilo para escapar do assédio dos meios de comunicação.

Em 1980, Edwards e Patrick Steptoe fundaram a Bourn Hall, a primeira clínica de fertilidade do mundo, onde continuaram aperfeiçoando seu procedimento com mais de 10 mil bebês nascidos desde então.

Fertilização in vitro
Óvulos podem não dar origem a bebês por motivos genéticos, de má formação do material oferecido pela mulher ou pelo homem. Obstruções ou defeitos no transporte da produção do ovário até as trompas de falópio também dificultam a fertilização.

A técnica de Edwards consiste em retirar um óvulo da mulher e fertilizá-lo com esperma. O ovo fertilizado é colocado de volta no corpo, desta vez no útero. A partir daí, o desenvolvimento do feto é idêntico ao dos demais, com a multiplicação celular gerando tecidos e dando formato ao bebê.

(Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/04 – CIÊNCIA E SAÚDE – Da AFP
– 10/04/2013)

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