Pioneiro do cinema documental africano

Jean Rouch (Paris, 31 de maio de 1917 – Níger, 18 de fevereiro de 2004), cineasta e etnólogo francês, tido como um dos pioneiros do “cinema verdade” dos anos 60. O método de documentação de Jean tornou-se um divisor de águas para o cinema e para a antropologia. Rouch faleceu dia 18 de fevereiro de 2004, aos 86 anos, de acidente de carro, a 400 quilômetros de Niamei, capital de Níger.
(Fonte: Veja, 25 de fevereiro de 2004 – ANO 37 – N.° 8 – Edição n° 1842 – DATAS – Pág; 77)

Nos seus 50 anos de carreira, Rouch rodou cerca de 120 filmes

Cineasta francês Jean Rouch morre em acidente de viação no Níger

Jean Rouch, etnólogo e cineasta francês, pioneiro do cinema documental africano.

Nascido em Maio de 1917, Rouch viajou a partir de 1941 para o Senegal, Níger, Mali e Gana em missões de estudo enquanto engenheiro. Uma vez no terreno, Rouch filmou os rituais das tribos africanas com as quais convivia diariamente.

Nos seus 50 anos de carreira, Rouch – diretor da cinemateca francesa de 1987 a 1991 – rodou cerca de 120 filmes, alguns dos quais se tornaram clássicos da “antropologia visual”. O seu último trabalho foi “La rêve plus fort que la mort” e data de 2002.

Rouch morreu na noite de 18 de fevereiro de 2004, vítima de um acidente de viação, no Norte de Níger.

O acidente ocorreu numa estrada perto de Konni, na região de Tahoua (Norte do Níger). A polícia acredita que o estacionamento sem qualquer sinalização de um veículo pesado está na origem do desastre.

Denis Vène, embaixador francês em Niamey, esteve no local do acidente para proceder ao repatriamento do corpo de Rouch para a capital Niamey.

Segundo Laurent Clavel, diretor do centro cultural franco-nigeriano, Rouch estava acompanhado pela sua esposa, pelo cineasta Moustapha Allassane e pelo ator Damouré Zika, ambos nigerianos. Clavel informou que estas três pessoas estão bem, ainda que tenham sofrido ferimentos ligeiros.

Jean Rouch encontrava-se no Níger no âmbito de uma manifestação cultural sobre o cinema naquele país, para o qual contribuiu com os seus filmes na África francófona e manifestações culturais desde o final dos anos 40.
(Fonte:http://www.publico.pt/Cultura/cineasta- 19.02.2004 – Por AFP)