Pioneiro da produção independente no Brasil

0
Powered by Rock Convert

Pioneiro da produção independente no Brasil

 

Aloysio de Oliveira (Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 1914 – Los Angeles, Califórnia, 4 de fevereiro de 1995), ex-vocalista e líder do Bando da Lua. Cantor e compositor de excelente formação, Aloysio soube criar uma noção de som cristalino e arranjos acústicos, baseados no combo jazzístico.

 

 

O compositor, músico e produtor de discos e shows Aloísio de Oliveira fez parte do conjunto Bando da Lua, que acompanhou Carmem Miranda em sua viagem aos EUA em 1938. O compositor acabaria se casando com ela.

 

 

Durante a Segunda Guerra Mundial, Aloísio participou de filmes produzidos pelos Estúdios Disney. Em 1955, tornou-se diretor-artístico da gravadora Odeon, onde produziu os primeiros discos de João Gilberto. Além disso, lançou artistas como Sylvinha Teles e Sérgio Ricardo e compôs músicas com Tom Jobim.

 

 

Aloísio foi um dos organizadores do show de bossa nova no Carnegie Hall, em 1962, que ajudou a difundir o movimento fora do Brasil.

 

 

Em 1963, fundou a gravadora Elenco, responsável pelo lançamento dos discos de alguns nomes da bossa nova: Roberto Menescal, Edu Lobo, Baden Powell, Nara Leão, MPB4 e outros. A gravadora acabou sendo vendida para a Phillips (Polygram).

 

 

 

 
Pioneiro da produção independente no Brasil, fundou em 1963, a gravadora do selo Elenco. Sons de ouro do selo Elenco, marcaram o esplendor do desenho plano e sintético da bossa nova. O projeto gráfico de César Villela refletia a intenção: o logo do selo sempre em destaque, fotos em alto-contraste preto e branco ou, no máximo, em cores básicas.

 

 
Aloysio embarcou para os Estados Unidos com Carmen Miranda em 1939 e excursionou por lá com a estrela por duas décadas. Os dois tiveram um longo caso secreto, até que a estrela se casou com seu produtor, David Sebastian. Com a morte de Carmen, em 1955, Aloysio ainda sustentou o Bando da Lua. Em 1956, trocou Hollywood pelo Rio de Janeiro para ajudar na consolidação do estilo da bossa nova, que então tentava aparecer. Como diretor artístico da gravadora Odeon, lançou Tom Jobim, João Gilberto e a cantora Sylvia Telles, com quem se casaria em 1960. Nesse ano, assumiu a Philips e continuou animando a nova música brasileira.

 

 
Por fim, ele tomou a decisão de fundar uma gravadora. Fez um empréstimo, alugou um escritório minúsculo no centro do Rio, contratou os estúdios da Rio-Som e convocou os grandes músicos bossa-novistas, como Tom, Maysa e Sergio Mendes, sem esquecer de alguns medalhões da velha-guarda, como Cyro Monteiro, Dorival Caymmi e Aracy de Almeida. Também farejou o sucesso de novíssimos talentos, do tipo Maria Bethânia e Edu Lobo.
Em 1967, quando a bossa saiu de moda, Aloysio sentiu a crise. Viúvo de Sylvia Telles (que havia morrido num acidente de carro), vendeu o selo para a Philips e regressou para os Estados Unidos.

 

Em 1982, escreveu sua autobiografia, “De Banda Pra Lua”. Aloíso casou-se seis vezes, com quatro brasileiras e duas americanas.

 

Morreu como um nostálgico guru da grande música. As gravações comandadas por Aloysio fizeram história.

Aloísio de Oliveira morreu no dia 4, aos 80 anos, no Saint Joseph Medical Center, em Los Angeles. Ele tinha câncer no pulmão.

(Fonte: Época, 17 de novembro, 2003 – N° 287 – Música/Por Luís Antônio Giron – Pág; 118/119)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/2/23/ilustrada – FOLHA DE S. PAULO – ILUSTRADA / DA REDAÇÃO – São Paulo, 23 de fevereiro de 1995)

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados.

Powered by Rock Convert
Share.