Powered by Rock ConvertPELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA UMA MULHER ASSUME A PRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE
Margarete Moraes (1950- ), nascida em Iraí, estudou em Santa Maria, formando-se em Artes Plásticas pela Universidade Federal (UFSM), mas decidiu morar em Porto Alegre, onde veio em 1974, quando começou a trabalhar como professora e a atuar na entidade de classe, o atual Cpers-Sindicato. A vereadora é filiada ao PT desde a fundação do partido. Em 1988, quando Olívio Dutra foi eleito prefeito, foi convidada pelo secretário municipal de Cultura, Luiz Pilla Vares, para coordenar a área de artes plásticas. No segundo mandato do PT, foi chamada a assumir a pasta da Cultura em substituição a Pilla Vares, em 1995. Ela ocupou o cargo na gestão de Raul Pont (1997-2000) e novamente no segundo mandato de Tarso (2000). Permaneceu na pasta da Cultura até março de 2003 quando assumiu a cadeira na Câmara para a qual foi eleita em 2000, em primeiro mandato. Professora de Artes, vereadora e uma das fundadoras do PT, a presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Margarete Moraes, começou a mudar a história da Capital, no dia 05 de janeiro.
Pela primeira vez nos 230 anos da Câmara Municipal de Porto Alegre, uma mulher assume a presidência da casa. A vereadora Margarete Moraes (PT) foi eleita no dia 5 de janeiro, com 22 votos contra 11 de sua concorrente, Clênia Maranhão (PPS).
Nas mais de duas horas que antecederam a eleição a sessão começou por volta das 15h e a escolha só ocorreu às 17h -, líderes de todos os partidos, com exceção do PSL, pediram a apalavra logo após as renúncias do presidente João Dib (PP) e da 1.ª secretária, Maria Celeste (PT). O afastamento dos dois estava previsto em negociação feita em 2002.
Pelo acordo, dois partidos de oposição PP e PTB se comprometeram a apoiar Margarete, junto com a base do governo PT, PC do B, PL, PSL e PSB. Os vereadores dos sete partidos garantiriam 21 votos para a petista, que acabou recebendo um a mais. Luiz Braz (PSDB) foi o responsável pelo voto surpresa.
O fato histórico de uma mulher assumir pela primeira vez a presidência da Câmara foi destacado pelas duas concorrentes, onde salientaram que estavam quebrando um tabu secular.
(Fonte: Jornal Zero Hora Porto Alegre, Quarta-Feira, 14 de janeiro de 2004 POLÍTICA – Edição nº 14.023 ANO 40 Por Deise Mietlicki – Pág. 12)
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