Pedro Efe, foi uma presença recorrente no cinema português, era membro honorário da Academia Portuguesa de Cinema,

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Pedro Efe, o operário do cinema português

 

Foi o “homem dos sete ofícios” numa carreira de mais de meio século.

 

Pedro Efe (7 de novembro de 1942 – 31 de agosto de 2021), ator português que durante mais de meio século foi uma presença recorrente no cinema português (e no cinema feito em Portugal), tanto atrás como à frente das câmaras.

 

Nascido em novembro de 1942, Pedro Efe participou em dezenas de filmes, como “Kilas, O Mau da Fita” (1980), “Balada da Praia dos Cães” (1987), “Capitães de Abril” ou “Operação de Outono” (2012. Já no pequeno ecrã fez parte do elenco de “Nome de Código: Sintra”, da RTP, “Morangos com Açúcar”, da TVI, ou “Médico de Família”, da SIC.

 

Da carreira profissional de Pedro Efe fazem parte filmes como ”Um Campista em Apuros’ ( 1968), de Herlander Peyroteo, ‘O Cerco’ (1970), de António da Cunha Teles, ‘O Passado e o Presente’ (1972), de Manoel de Oliveira, ‘O Mal-Amado’ (1974), de Fernando Matos Silva, ‘Adeus Princesa’ (1992), de Jorge Paixão da Costa, ‘Rosa Negra’ (1992), de Margarida Gil, ‘The House of Spirits’ (1993), de Bille August,  ‘Jaime’ (1999), de António-Pedro Vasconcelos, ‘Mal’ (1999), de Alberto Seixas Santos, ‘O Mistério da Estrada de Sintra’ (2007), de Jorge Paixão da Costa ou ‘O Grande Circo Místico’ (2018).

 

O artista é descrito como “um verdadeiro ‘homem dos sete ofícios'” na publicação feita em sua homenagem nas redes sociais da Academia Portuguesa de Cinema.

 

Desde a sua primeira aparição na comédia Um Campista em Apuros (1967), de Herlander Peyroteo – ao lado de actores como Florbela Queiroz, João Lourenço, Nicolau Breyner e Mirita Casimiro –, até O Grande Circo Místico (2018), do brasileiro Carlos Diegues, Pedro Efe participou em perto de meia centena de co-produções audiovisuais. Foi nelas sempre “inteiro, maciço”, como escreveu o crítico Jorge Leitão Ramos no seu Dicionário do Cinema Português (edição Caminho), onde também nota que o ator “pode ter qualquer coisa de ameaçador e muitas vezes foi usado nessa condição”, por exemplo no violador de Laços de Sangue (Pál Erdoss, 1994) ou no sinistro mafioso da série televisiva O Crime… (José Carlos de Oliveira, 2001).

 

Além de técnico, assistente ou simples operador de câmara, Pedro Andrade Efe – nascido em Barbacena, concelho de Elvas, a 7 de Novembro de 1942 – foi várias vezes polícia e outras tantas vilão. Como polícia, fica principalmente na memória o seu trabalho como cabo Barroca, “rijo por fora, mas com a alma doce”, realça Jorge Leitão Ramos, ao lado de Raul Solnado, em Balada da Praia dos Cães (1987), que José Fonseca e Costa realizou a partir do romance homónimo de José Cardoso Pires.

Outro exemplo forte da sua dedicação à arte do cinema é a curta-metragem de Jorge Paixão da Costa Quatro Vezes Quatro – O Triunfo da Forma (2000), que o próprio Pedro Efe produziu, e que interpretou ao lado de Alexandra Lencastre.
Aqui ficam alguns títulos a que este ator para todo o serviço deu o seu corpo: O Cerco (1970), de António da Cunha Telles; O Passado e o Presente (1972), de Manoel de Oliveira; Kilas, O Mau da Fita (1980), de José Fonseca e Costa; A Estrangeira (1982), de João Mário Grilo; A Cidade Branca (1983), de Alain Tanner; O Bobo (1987), de José Álvaro de Morais; Rosa Negra (1992), de Margarida Gil; A Casa dos Espíritos (1993), de Bille August; Elas (1997), de Luís Galvão Teles; Mal (1999), de Alberto Seixas Santos; Capitães de Abril (2000), de Maria de Medeiros, 4 Copas (2008), de Manuel Mozos; e Amor Impossível (2015), de António-Pedro Vasconcelos.

Pedro Efe faleceu em 31 de agosto de 2021, aos 78 anos.

 

“Pedro Efe trabalhou, desde o início dos anos 70, nas mais diversas áreas cinematográficas: assistente de fotografia, assistente de produção, grupista, operador de steadycam, realização e produção de documentários e de filmes institucionais, e foi também intérprete em vários filmes”, lembra a nota.

“É com tristeza e pesar que partilhamos a notícia do falecimento de Pedro Efe, membro honorário da Academia Portuguesa de Cinema. Um verdadeiro ‘homem dos sete ofícios’, Pedro Efe trabalhou, desde o início dos anos 70, nas mais diversas áreas cinematográficas: assistente de fotografia, assistente de produção, grupista, operador de steadycam, realização e produção de documentários e de filmes institucionais, e foi também intérprete em vários filmes”, escreveu a Academia nas redes sociais.

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/cinema/noticias – CINEMA / NOTÍCIAS – 02/09/2021)
(Fonte: https://www.publico.pt/2021/09/02/culturaipsilon/noticia – CULTURA ÍPSILON / NOTÍCIA /por Sérgio C. Andrade – 2 de Setembro de 2021)
(Fonte: https://mag.sapo.pt/showbiz/artigos – SHOWBIZ / ARTIGOS / por T. D. – 2 SET 2021)
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