Paolo Rossi, ex-jogador italiano, campeão do Mundo com a seleção italiana e carrasco do Brasil em 1982

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Ex-atacante italiano Paolo Rossi, algoz do Brasil na Copa de 82

 

Paolo Rossi, ex-jogador da seleção italiana.
(Imagem: David Cannon/Allsport)

 

Paolo Rossi: Carrasco marcou hat-trick e eliminou Brasil de Zico e Sócrates na Copa de 1982

 

 

Paolo Rossi ao lado de Arnaldo Cezar Coelho, árbitro da final da Copa de 1982 — (Foto: Ivan Raupp)

 

 

Paolo Rossi (Prato, 23 de setembro de 1956 — 9 de dezembro de 2020), ex-atacante italiano, foi um dos maiores carrascos da história do futebol brasileiro.

 

Eleito o melhor jogador do Mundial e artilheiro da competição, Paolo foi quem marcou os três gols da vitória que eliminou a seleção brasileira, apontada como uma das maiores da história, daquele Mundial.

 

O eterno vilão que causou a eliminação da grande Seleção Brasileira na Copa de 1982, foi artilheiro e guiou a seleção ao título da mesma edição da Copa do Mundo.

 

Eternamente associado à história da seleção brasileira por ter feito os três gols que eliminaram o Brasil da Copa de 82, Paolo Rossi nasceu na cidade de Prato, na região da Toscana, foi revelado pelas categorias de base da Juventus. Foi emprestado ainda aos 19 anos para o Como. No entanto, sua primeira passagem de destaque foi pelo Vicenza, onde venceu o título da segunda divisão e foi artilheiro na surpreendente campanha que deu ao pequeno clube o vice-campeonato italiano na temporada seguinte.

 

O início promissor, que rendeu suas primeiras convocações à seleção italiana e a participação na Copa de 78, foi freado em 1980 por uma suspensão de três anos pela acusação de envolvimento em um esquema de manipulação de resultados conhecido como Totonero. A punição foi posteriormente reduzida para dois anos, o que possibilitou sua convocação para o Mundial de 1982.

 

O desempenho de Rossi na Espanha, entretanto, esteve longe do ideal nos três jogos da Itália na primeira fase daquela Copa do Mundo. Ele passou e branco nos três empates da Azzurra, que só não voltou mais cedo para casa pelo critério de gols marcados. Após cair num grupo com Argentina e Brasil, o fim da linha parecia uma questão de tempos para os italianos, mas foi aí que o Bambino d’Oro passou a deixar seu nome marcado na história do futebol.

 

Uma boa exibição na vitória por 2 a 1 contra a Argentina foi apenas uma amostra do que estava por vir. Rossi fez a partida de sua vida contra a seleção brasileira, que muitos consideram uma das melhores equipes da história do futebol, e protagonizou a eliminação da Canarinho com três gols num jogo que, para nós, se tornou conhecido como a Tragédia do Sarriá, nome do estádio em Barcelona no qual o jogo foi disputado.

 

Marcou outros dois tentos na semifinal contra a Polônia e também deixou sua marca no gol que abriu o placar da vitória italiana por 3 a 1 sobre a Alemanha Ocidental, na decisão.

 

Paolo Rossi foi o grande nome da seleção da Itália na conquista do terceiro título mundial da Azzurra, em 1982. Naquela Copa, o atacante também fez história ao marcar três vezes contra a Seleção Brasileira – de Zico, Falcão e Sócrates – e encerrar o sonho do Brasil em ser campeão. Rossi faturou também a Bola de Ouro da Copa e a artilharia do Mundial em 82.

 

Paolo Rossi ficou marcado pelo que fez em 1982, mas sua trajetória nas Copas começou quatro anos antes. O atacante não era forte, nem contava com grande habilidade, mas possuía um faro de gol muito apurado. Cria da Juventus e destaque do Lanerossi Vicenza (ITA), ele tinha 21 anos e uma temporada de seleção quando foi para a Copa da Argentina – com a camisa 21 e como titular do técnico Enzo Bearzot. Rossi marcou em vitória contra a França na estreia e em triunfo diante da Hungria. Na segunda fase, voltou a marcar em triunfo por 1 a 0 sobre a Áustria. O atacante fez grandes jogos, mas a Itália bateu na trave em seu grupo na segunda fase, quando só passava uma seleção para a final. Os italianos acabaram em segundo, ficando atrás da Holanda, e foram para a disputa pelo terceiro lugar, quando perderam para o Brasil. Porém, Rossi fez tão boa Copa, que acabou ganhando a Bola de Prata daquele Mundial.

 

O caminho até a Copa de 82, no entanto, seria turbulento. Então jogador do Perugia (ITA), o atacante vinha fazendo grande ano em 1980, mas ficou envolvido no escândalo conhecido como “Totonero”, uma grande rede de manipulações de resultados e apostas, revelada em março de 1980. Vários clubes, treinadores e até jogadores importantes sofreram punições. Rossi foi um deles. A pena inicial para o atacante era de três anos, mas um ato da Federação italiana, em vista da Copa do Mundo, reduziu a punição para dois anos. No período do gancho, Rossi foi contratado pela Juventus, onde ficou apenas treinando. Ele realizou apenas três jogos oficiais pela Juve até a Copa, mas ainda assim foi chamado por Enzo Bearzot. Era uma escolha certeira.

 

Agora com a camisa 20, mas novamente titular numa Copa, Rossi começou o Mundial da Espanha devagar. Não só ele, mas a seleção italiana de forma geral. Na estreia, empate sem gols com a Polônia. No segundo duelo, empate por 1 a 1 diante do Peru, sem gol de Rossi. A classificação seria decida contra Camarões. Em Vigo, novo empate por 1 a 1, com Rossi passando em branco de novo. A vaga foi conquistada no saldo de gols e, na segunda fase, a Itália teria pela frente Argentina, campeã de 78, e Brasil. E foi aí que o brilho do atacante apareceu… Primeiro, jogando bem em triunfo por 2 a 1 sobre os argentinos. Porém, ainda faltava um gol. E eles pintaram em dose tripla diante do Brasil.

 

A Seleção Brasileira era favorita naquele jogo em 5 de julho, no Estádio Sarrià, em Barcelona. O Brasil tinha marcado 13 gols em quatro partidas e aplicado um 3 a 1 sobre a Argentina, o que ainda dava vantagem de poder empatar para ir à semi. Porém, Paolo Rossi começou a mudar o cenário logo aos cinco minutos. Cabrini recebeu um passe na diagonal e cruzou para a área. Rossi correu com liberdade e testou para a rede de Waldir Peres. Sócrates empatou aos 12, mas Rossi marcou de novo aos 25, aproveitando passe errado de Cerezo. Aos 23 do segundo tempo, Falcão voltou a igualar o marcado. Mas, aos 29, Paolo Rossi marcou o terceiro italiano. Bruno Conti cobrou escanteio na área, Tardelli bateu mascado e achou Rossi, no meio do caminho, para desviar. Era o gol que selava a classificação italiana e o pesadelo brasileiro: “Lembro de uma grande tristeza dos brasileiros. Muitos de cabeça baixa, como se não acreditassem que perderam. Muitos italianos, até hoje, 30 anos depois, me agradecem pela emoção que provoquei. Todos os italianos, estivessem onde fosse, fazendo o que fosse, se lembram”, disse Paolo Rossi, certa vez.

 

A vitória sobre a poderosa Seleção Brasileira fez a Itália e Rossi embalarem. Na semi, no Camp Nou, contra a Polônia, 2 a 0 com dois gols do camisa 20. Na final, diante da Alemanha Ocidental, no Estádio Santiago Bernabéu, Rossi abriu o caminho para a taça aos 12 do segundo tempo, marcando de cabeça após cruzamento para dentro da área. A Itália levou a melhor por 3 a 1 e faturou seu terceiro título mundial, empatando com o Brasil em número de conquistas. Era o ápice da carreira de Rossi, que ainda foi para a Copa de 1986, mas não saiu do banco por um segundo sequer – com a Itália caindo nas oitavas, para França.

 

O ex-jogador da Juventus foi campeão e artilheiro do Mundial da Espanha-1982, com seis gols. Até a segunda fase, ainda não tinha marcado nenhum, mas desencantou na vitória da Itália por 3 a 2 sobre a seleção dirigida por Telê Santana, que marcou época com craques como Zico, Falcão, Júnior e Sócrates.

 

Depois, Rossi marcou os dois gols da vitória por 2 a 0 sobre a Polônia, na semifinal, e fez o primeiro da Itália no 3 a 1 sobre a Alemanha na decisão.

Após o Mundial, voltou a se destacar pela Juventus, onde foi bicampeão italiano e também venceu Copa dos Campeões da Europa [atual Liga dos Campeões da Uefa], em 1985.

 

Se transferiu ao Milan também em 1985, onde teve uma passagem apagada, e encerrou a carreira no Verona, na temporada 1986/87, antes de completar 31 anos, após uma lesão ligamentar no joelho.

 

Em 2004, foi eleito por Pelé como um dos 123 melhores futebolistas vivos, em lista promovida pela Fifa para celebrar o centenário da entidade máxima do futebol.

 

Paolo Rossi faleceu em 9 de dezembro de 2020, aos 64 anos.

(Fonte: https://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia – FUTEBOL / FUTEBOL INTERNACIONAL / NOTÍCIA / Por Redação do ge — Rio de Janeiro – 09/12/2020)

(Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/lancepress/2020/12/09 – ESPORTE / FUTEBOL – 09/12/2020)

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