Oswaldo Correa Gonçalves, fez parte da primeira geração de arquitetos modernos de São Paulo

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Foi um dos mais renomados arquitetos brasileiros

Residência de 1950, chamada de  Casa dos Cavalos projetada por Oswaldo Correa Gonçalves  (Foto: Casas Bacanas/Divulgação)

Residência de 1950, chamada de Casa dos Cavalos projetada por Oswaldo Correa Gonçalves (Foto: Casas Bacanas/Divulgação)

Oswaldo Correa Gonçalves (Santos, SP, 1917 – São Paulo, (SP), 2005), arquiteto e urbanista. Contribui para a divulgação dos preceitos do movimento moderno e a consolidação da profissão de arquiteto no país com a sua obra e sua atuação no IAB, na FAU/USP e na Bienal Internacional de Artes e de Arquitetura.

Autor da chamada Casa dos Cavalos e construída nos anos 1950, ela tem mural de pastilhas de Clóvis Graciano e jardins de Burle Marx. Foi projetada para um casal de médicos da Faculdade de Medicina da USP e hoje pertence aos filhos deles. Tem elementos modernos como brises soleil, mural de vidrotil e cobertura em asa de borboleta.

Oswaldo Correa Gonçalves faz parte da primeira geração de arquitetos modernos de São Paulo e também é autor do Edifício Sobre as Ondas, no Guarujá, litoral paulista.

Casa dos Cavalos (Foto: Casas Bacanas/Divulgação)

Casa dos Cavalos (Foto: Casas Bacanas/Divulgação)

Forma-se engenheiro-arquiteto em 1941 e engenheiro civil em 1944 na Escola Politécnica de São Paulo (Poli). Em 1942, é contratado pela Prefeitura Municipal de São Paulo para trabalhar no Setor de Aprovação de Plantas, onde permanece até 1953. No mesmo período, abre seu escritório e integra a Comissão Executiva do Convênio Escolar de São Paulo. Associa-se aos arquitetos Paulo Bucollo Ballario e José Wagner Ferreira, em 1960, e a Benno Perelmutter, em 1970, com quem funda o Escritório Pluricurricular de Projetos onde trabalha até os anos 1980.

Entre 1945 e 1946, publica no Jornal de São Pauloa coluna semanal Urbanismo, assinada com Léo Ribeiro de Moraes. Participa da criação do departamento paulista do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), sendo membro da primeira direção, presidente do departamento (1961-1963) e vice-presidente da direção nacional (1973-1974). Dirige com Fábio Penteado (1929-2011) e Eduardo Kneese de Mello (1906-1994) o programa Arquitetos na TV (1961-1962), exibido pela Excelsior. Colabora com a organização do 1º e 4º Congresso Brasileiro de Arquitetos (1945-1954). 

É convidado por Ciccilo Matarazzo (1898-1977) a participar da organização da 2ª Bienal Internacional de Artes de São Paulo, assumindo em 1961 a direção da sessão de arquitetura, que se torna independente em 1971, quando é realizada sob a sua coordenação a 1ª Bienal Internacional de Arquitetura. Participa da criação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), assumindo com Ícaro de Castro Mello (1913-1986) a disciplina grandes composições (1954-1955). Idealiza a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos (Faus), criada em 1970, sendo diretor da faculdade por várias gestões e responsável pela cadeira de urbanismo.

A partir dos anos 1980, dedica-se exclusivamente à docência, presidindo a Associação Brasileira de Escolas de Arquitetura (Abea) de 1976 a 1977. Recebe o Colar de Ouro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) em 1973, a Medalha Mário de Andrade do Governo do Estado de São Paulo, em 1976, e o título de cidadão emérito santista em 1997, quando é realizada a primeira exposição retrospectiva de sua obra na Faus. Em 2005, o arquiteto é homenageado na 6ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo. 

(Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/cidades-sem-fronteiras/arquitetura-2 – CIDADES SEM FRONTEIRAS/ Por: Mariana Barros  

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