Osvaldo Guayasamín, era considerado o maior artista equatoriano de todos os tempos

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Osvaldo Guayasamín (Quito, 6 de julho de 1919 – Baltimore, 10 de março de 1999), pintor e artista plástico equatoriano

Considerado o maior artista equatoriano de todos os tempos, Oswaldo Guayasamín é um dos grandes pintores latino-americanos das décadas de 50, 60 e 70 do séc. XX, sobre quem o poeta chileno Pablo Neruda declarou: “Os nomes de Orozco, Rivera, Portinari, Tamayo e Guayasamín formam a estrutura andina do continente”.

Dono de um estilo inconfundível, alimentado pelas vanguardas do séx. XX, Guayasamín 
bebeu na fonte do muralismo mexicano, do Pablo Picasso de “Guernica” e dialoga com grandes brasileiros, como Portinari. Mas é inegável a influência da tradição milenar da arte pré-colombiana. O resultado é o que alguns chamam de “expressionismo indígena”.

Nascido na pobreza em Quito, em 6 de julho de 1919, filho de pai índio e mãe mestiça, Oswaldo Guayasamín desde os sete anos já expressava sua vocação artística e pintava seus primeiros quadros na tentativa de encontrar uma linguagem própria e pessoal. Realizou a primeira exposição quando tinha 23 anos, em 1942.

A pintura humanista de Guayasamín reflete a dor e a miséria por parte de grande parte da humanidade e denuncia a violência ao homem no contexto conturbado do século XX, marcado por guerras, campos de concentração e ditaduras, usando de seu talento para buscar um mundo mais justo e menos agressivo.

A presença quase constante de dentes e olhos gritando, de ossos e lágrimas em seus quadros intensifica-se na atenção dada às mãos. “Tudo o que sabemos para sermos homens se dá através de nossa sensibilidade nas mãos”, diz Guayasamín como bom artesão-artista que é. O papel que as mãos desempenham como extremidades simbólicas adquire em toda a sua obra uma qualidade emblemática e única. Outra característica visual percebida é o número de rostos que aparecem em suas obras. Há sempre um olhar gritando, assustado.

Em 1976, junto com o filhos Pablo e Verenice, cria a Fundação Guayasamín, por intermédio da qual doa ao Equador todo o seu patrimônio: mais de 4.000 obras, o que constitui um dos legados mais significativos na história das formas e das imagens da América Latina. Já no final da vida, Guayasamín envolveu-se no projeto de construção da Capilla del Hombre (Capela do Homem), uma espécie de catedral laica, na qual o visitante é impactado pela espiritualidade de sua obra.

Guayasamín dedicou seus últimos anos de vida à construção do museu “Capital do Homem”. A intenção do pintor era inaugurar o museu em 2.002.

Osvaldo Guayasamín morreu em 10 de março de 1999, aos 79 anos, em Baltimore, nos Estados Unidos.

Embora ele nunca tenha ingressado em nenhum partido político, sempre militou pela paz e por mudanças no continente. Quando Guayasamín faleceu, Fidel Castro declarou: “É uma perda irreparável, porque homens com a sua estatura moral não se repetem. Não podemos admitir que morreu, porque homens como ele não morrem: se multiplicam em seus povos”.

(Fonte: http://www.memorial.sp.gov.br/memorial)

2005 – Memorial da America Latina – Todos os direitos reservados

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/campinas/cm12039912 – FOLHA CAMPINAS – das agências internacionais – 12 de março de 1999)

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