O primeiro chefe de governo não comunista da Europa Oriental desde a II Guerra Mundial

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O primeiro chefe de governo não comunista da Europa Oriental desde a II Guerra Mundial

Tadeusz Mazowiecki (Plock, 18 de abril de 1927 – 28 de outubro de 2013), primeiro chefe de governo não comunista da Europa Oriental

Ex-primeiro-ministro da Polônia que ajudou país na transição política e ecônomica

O ex-premiê da Polônia Tadeusz Mazowiecki, o primeiro chefe de governo não comunista da Europa Oriental desde a II Guerra Mundial. Mazowiecki foi nomeado chefe de governo da Polônia depois das eleições de 4 de junho de 1989, vencidas pela oposição unida em torno do sindicato Solidariedade, que iniciou as transformações econômicas e políticas no país após a queda do regime comunista.

“Foi um dos pais da liberdade e da independência polonesas, depois de cinquenta anos de comunismo”, declarou nesta segunda-feira o ministro das Relações Exteriores, Radoslaw Sikorski. Mazowiecki, ativista católico e um dos membros fundadores do sindicato Solidariedade, também foi colaborador do ex-presidente polonês Lech Walesa, além de escritor, jornalista, filantropo

Durante seu discurso inaugural como primeiro-ministro no final dos anos 80, Mazowiecki pediu para que os poloneses traçassem uma “linha grossa” para separar o presente e o passado do país, mas também para permitir que comunistas com cargos menos importantes pudessem ajudar a construir uma Polônia democrática. Mazowiecki permaneceu no cargo de agosto de 1989 a janeiro de 1991.

Biografia – De família nobre, Mazowiecki nasceu no ano de 1927 em Plock, na região central da Polônia, e cursou estudos de Direito na Universidade de Varsóvia, embora nunca tenha se graduado. Nas décadas seguintes ele fez parte de diversas associações católicas controladas pelo governo comunista instalado no país após a II Guerra Mundial. Só se juntou à oposição em 1976, quando foi proibido de concorrer como parlamentar. Em 1981, Mazowiecki acabaria sendo preso durante a imposição da lei marcial na Polônia, que tinha como objetivo garantir a manutenção do controle comunista.

Quando o sistema começou a entrar em colapso, no final da década, Mazowiecki foi um dos principais arquitetos do acordo com a elite comunista que permitiu a realização de eleições parcialmente limpas em 1989, quando o Solidariedade ganhou por maioria. Em 1990, ele chegou a se candidatar à Presidência, mas acabou sendo derrotado no primeiro turno. No segundo, resolveu apoiar Lech Walesa, um dos líderes do Solidariedade.

Nos anos seguintes, Mazowiecki foi escolhido relator da Nações Unidas para a ex-Iugoslávia. Ele acabou renunciando depois que milicianos sérvios cometeram um massacre contra muçulmanos bósnios em Srebrenica, em julho de 1995.

(Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/internacional – Memória – EUROPA – 28/10/2013)
(Com agências EFE e France-Presse)
(Fonte: http://www.publico.pt/mundo/noticia – MUNDO – PÚBLICO – 28/10/2013)

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