O Sr. Dello Joio, famoso compositor cujas composições tonais lhe renderam muitos fãs, escreveu dezenas de peças para coro, orquestra, voz solo, grupos de câmara e piano, além de partituras para televisão e três óperas. Música sacra, melodias populares da era do jazz e ópera italiana do século XIX influenciaram seu estilo, que podia ser tanto austero quanto colorido.

Ao definir sua abordagem musical, o Sr. Dello Joio citou o conselho de um professor, o compositor Paul Hindemith, de que ele nunca deveria esquecer que sua música era “lírica por natureza”.

Isso significava: “Não se sacrifique necessariamente em prol de um sistema”, disse o Sr. Dello Joio em seu site. “Se for válido e bom, coloque-o na sua mente. Não diga: ‘Tenho que fazer isso porque o sistema me manda’. Não, isso é um erro.” Ele disse que levou o conselho a sério e, brincando, se autodenominou um “extremista conservador”.

Uma forte inclinação espiritual emergiu em suas composições, e a história de Joana d’Arc tornou-se um tema importante. Ele escreveu uma ópera chamada “O Triunfo de Joana”, da qual se retirou após uma apresentação estudantil em 1950 no Sarah Lawrence College, alegando insatisfação com a obra.

Na sequência, surgiu “O Julgamento de Rouen”, uma nova ópera de Santa Joana escrita para a televisão. Ele a revisou para a Ópera da Cidade de Nova York, sob o título “O Triunfo de Santa Joana”, e mais tarde derivou uma peça sinfônica da primeira versão.

O editor Carl Fischer Music disse que Dello Joio ganhou fama por suas criações líricas únicas, que ele criou com base em seu ponto de vista de que padrões aceitos na música devem ser desafiados, informou o The New York Times.

(Direitos autorais reservados: https://www.nytimes.com/2008/07/27/nyregion – New York Times/ NOVA IORQUE/ Por Daniel J. Wakin – 27 de julho de 2008)