Nobutaka Shikanai, presidente da cadeia de televisão Fuji, o 4° maior grupo de comunicação do mundo.

Nobutaka Shikanai, presidente da cadeia de televisão Fuji, o quarto maior grupo de comunicação do mundo.

A uma hora de Tóquio, encravado em uma maravilhosa cadeia de montanhas, encontra-se o Museu Hakoné, que abriga a coleção reunida por Shikanai ao longo de quarenta anos de interesse – pela arte ocidental. O museu desfruta reputação internacional, em especial por sua respeitável coleção de esculturas, na qual brilham obras assinadas por artistas como Henry Moore (1898-1986). Shikanai se considera, acima de tudo e com muito orgulho, um mecenas.

Do alto da sua fortuna, ele costuma dizer que sua única preocupação é dar continuidade ao Prêmio Imperial, criado por ele em 1989 e que já homenageou celebridades ocidentais como David Hockney e Antonio Tapies (1923-2012).

A produtiva aliança entre arte e negócios é uma garantia adicional de que os novos samurais vão continuar comprando, até que a próxima recessão, guerra ou crise de petróleo mude de novo o endereço das obras-primas que, onde quer que se encontrem, conservam a capacidade de desafiar a irritação provocada pelos preços alucninados de um mercado movido a ienes e continuam a produzir puro encantamento.

(Fonte: Veja, 12 de setembro de 1990 – ANO 23 – N° 36 – Edição 1147 – ARTE – Pág; 102/104)