Nina Ricci, a grande dama da alta costura, nascida Marie Nielli

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Nina Ricci (1883-1970), a grande dama da alta costura, conhecida pela tradição dos modelos que conciliavam as exigências sempre renovadas da moda com a necessidade permanente de dignidade pessoal. Nina Ricci (nascida Marie Nielli, em Turim, Itália, em 1883) surgiu em Paris como modista no início da década de 20, quando a fúria dos “jazz bands”, o escândalo do cubismo e a onda de feminismo político anunciavam a queda das convenções vitorianas e a elevação das bainhas das saias até a altura dos joelhos.

A partir do fim da década de 50, com o advento do prêt-à-porter e da exportação das etiquetas, Nina Ricci lançou coleções mais econômicas, criando novos departamentos de roupas de esporte, acessórios e trajes de banho. Senhora absoluta de um império que reúne na rua dos Capuchinhos, de Paris, quase quinhentas costureiras, desenhistas e uma equipe de dez modelos, pode tornar-se a partir de 1945 a maior rival de Coco Chanel: naquele ano, Robert Ricci, o marido de Nina, usou o prestígio do nome da mulher para a criação de perfumes (L’Air du Temps, Capricci e Coeur Joie) vendidos em dezenas de países.

De 1951 a 1966, a produção dos perfumes de Nina Ricci cresceu em 2 000 por cento, elevando nos últimos anos para quase 50 000 dólares (mais de 200 000 cruzeiros) as vendas anuais em todo o mundo. No campo da moda, a tendência moderna para o uso de tailleurs, terninhos, máxis e midi-saias faziam o estilo Nina Ricci, que já vestira Ingrid Bergman e Gina Lollobrigida, podia orgulhar-se de contar entre suas clientes das novas gerações com Claudia Cardinale e Ursula Andress. Nina Ricci morreu no dia 30 de novembro de 1970, aos 87 anos, em Paris.

(Fonte: Veja, 9 de dezembro, 1970 – Edição n.° 118 – DATAS – Pág; 85)

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