Murray Melvin, ator britânico que estrelou a adaptação cinematográfica de “O Fantasma da Ópera” (2004) e “Barry Lindon” (1975), de Stanley Kubrick

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Ator britânico Murray Melvin, ator premiado em Cannes por ‘Um Gosto de Mel’

Murray Melvin, ator de “Um Gosto de Mel” e “Barry Lyndon”
© Divulgação/BBC

 

Murray Melvin (Londres, 1932 – Londres, 14 de abril de 2023), ator britânico que estrelou a adaptação cinematográfica de “O Fantasma da Ópera” (2004) e “Barry Lindon” (1975), de Stanley Kubrick.

Em 1962, Melvin recebeu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cinema de Cannes por sua atuação em “Um Gosto de Mel” (1961), do diretor britânico Tony Richardson.

Melvin nasceu em 1932 em Londres, onde iniciou sua carreira como ator em 1957 no teatro, antes de estrear no cinema com “Armadilha a Sangue Frio” em 1960.

Seu trabalho mais notável foi a adaptação de uma peça que ele tinha estrelado. Melvin foi o único ator da montagem teatral convidado a integrar o elenco do filme “Um Gosto de Mel” (1961), de Tony Richardson, que acabou se tornando pioneiro na abordagem da homossexualidade e gravidez adolescente no cinema, tornando-se um dos mais famosos da new wave britânica. O filme contava a história de Jo (Rita Tushingham), uma adolescente que vivia com sua mãe alcoólatra e iniciava um relacionamento com marinheiro negro, que a deixa grávida. Murray Melvin interpretava um estudante gay que se tornava amigo e ajudava Jo em suas dificuldades.

Por seu desempenho, Melvin ganhou o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes em 1962. Ele também foi indicado ao BAFTA (o Oscar britânico) de Revelação do ano.

A consagração lhe abriu as portas do cinema britânico. Ele apareceu em filmes de grande orçamento, como a aventura de época “Revolta em Alto Mar” (1962) e “O Homem de Kiev” (1968), mas também em novos clássicos da new wave, especialmente “Como Conquistar as Mulheres” (Alfie, 1966), de Lewis Gilbert, em que Michael Caine vivia um gigolô.

Durante os anos 1970, Melvin trabalhou em três filmes de Ken Russell, um dos cineastas mais vanguardistas do Reino Unido: “O ‘Boyfriend’ (O Namoradinho)” (1971), “Os Demônios” (1971) e o proibidíssimo “Lisztomania” (1975). E integrou o elenco de “Barry Lyndon” (1975), um dos trabalhos mais influentes de Stanley Kubrick.

Apesar disso, não teve a ambição de seguir carreira em Hollywood, alternando-se entre montagens teatrais, produções do cinema britânico e atrações locais de TV. Outros filmes de destaque de sua filmografia incluem “A Contestação da Fé” (1984), “Os implacáveis Krays” (1990), “As Novas Roupas do Imperador” (2001) e a versão musical de “O Fantasma da Ópera” (2004). Já na TV, seus papéis mais lembrados incluem uma minissérie sobre Cristóvão Colombo e participações em duas séries de temática sci-fi: “Starhunters” e “Torchwood” (derivado da popular série “Doctor Who”).

Ele chegou a completar as filmagens de seu último filme, “The Undertaker”, que ainda não tem previsão de estreia.

Murray Melvin faleceu na sexta-feira (14), no Hospital St Tomas’, em Londres, aos 90 anos, anunciou um de seus parentes.

“É com grande tristeza que devo anunciar a morte de Murray Melvin”, publicou no Twitter o diretor e cineasta Kerry Kyriacos Michael, no sábado (15).

De acordo com ele, o ator sofreu uma queda em dezembro “da qual nunca se recuperou completamente”.

Ele foi um “vilão maravilhoso” no papel de Bilis Manger, na série “Torchwwod” (2006), disse o produtor Russel Davies, em uma publicação no Instagram.

(Crédito: https://www.msn.com/pt-br/cinema/noticias – CINEMA/ NOTÍCIAS/ por AFP – 16/04/23)

(Crédito: https://www.msn.com/pt-br/cinema/noticias – CINEMA/ NOTÍCIAS/ por Marcel Plasse/ Pipoca Moderna – 15/04/23)

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