Moysés de Moraes Vellinho, crítico e historiador escreveu um importante livro sobre a história do RS

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Moysés de Moraes Vellinho (Santa Maria (RS), 6 de janeiro de 1901 – Porto Alegre, 26 de agosto de 1980), crítico e historiador, escreveu um importante livro sobre a história do Rio Grande do Sul: “Capitania d”El Rey”. Vellinho faleceu dia 26 de agosto de 1980, de câncer, aos 79 anos, em Porto Alegre.
(Fonte: Veja, 3 de setembro de 1980 – Edição n° 626 – DATAS – Pág; 107)

Moysés Vellinho nasceu em Santa Maria (RS), em 6 de janeiro de 1901. Prosador elegante, ensaísta inteligente, um nome importante da crítica literária gaúcha, Moysés Vellinho cursou a Faculdade de Direito de Porto Alegre (hoje UFRGS). Na mocidade, assinava artigos como Paulo Arinos.

Foi promotor público em Caxias do Sul e em Jaguarão. Escreveu no jornal A Federação e dirigiu a revista Província de São Pedro. Entre suas obras está Capitania d”El Rey, publicada pela Editora Globo, de Porto Alegre, em 1964.
(Fonte: Zero Hora – ANO 46 – N° 16.196 – 6 de janeiro de 2010 – Almanaque Gaúcho/ Por Olyr Zavaschi – Pág; 54)

Cronologia
1901, 6 de janeiro – Nasce Moysés de Moraes Vellinho, em Santa Maria, (RS), filho de João Rodrigues Vellinho e Adalgiza de Moraes Vellinho.

1911 – Transfere-se com a família para Porto Alegre (RS).

1914 – Inicia o curso secundário no Ginásio Anchieta, em Porto Alegre.

1921 – Conclui o curso secundário no Ginásio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre. Estréia como crítico literário, sob o pseudônimo de Paulo Arinos, no Correio do Povo, de Porto Alegre, na coluna “Livros e Autores”.

1925 – Polemiza com Rubens de Barcellos sobre a obra do escritor rio-grandense Alcides Maya, nas páginas do jornal Correio do Povo.

1925-1926 – Exerce a promotoria, em Caxias do Sul e Jaguarão (RS).

1926 – Conclui o curso de Direito, na Faculdade Livre de Direito de Porto Alegre.

1927 – Exerce a função de Inspetor do Ensino Estadual.

1927 – Publica o estudo “Raul de Leone”, na revista Ilustração Brasileira, do Rio de Janeiro.

1928-1930 – Atua como chefe de gabinete do Secretário do Interior do Rio Grande do Sul, Osvaldo Aranha.

1929 – Casa-se com Lygia Torres.

1930 – Transfere-se para o Rio de Janeiro, para exercer a função de oficial de gabinete do Ministro da Justiça, Osvaldo Aranha, no Rio de Janeiro.

1932 – Retorna a Porto Alegre, onde atua no escritório de advocacia de Pedro Vergara.

1934 – Elege-se deputado constituinte pelo Partido Republicano Liberal.

1935-1937 – Atua como deputado da Assembléia do Rio Grande do Sul.

1937 – Participa da Dissidência Liberal. Dirige por dois meses o jornal A Federação, antigo órgão do Partido Republicano Rio-Grandense e agora do Partido Republicano Liberal.

1938-1964 – Integra o Conselho Administrativo do Estado do Rio Grande do Sul. Ingressa no Tribunal de Contas do Estado, sob o governo do interventor Ernesto Dorneles.

1939 – Publica Machado de Assis – aspectos de sua vida e sua obra”, pela Livraria do Globo, de Porto Alegre, 1ª. ed., a expensas do Governo do Estado, em comemoração ao centenário de nascimento do autor carioca), quando abandona o pseudônimo Paulo Arinos.

1944 – Publica o livro Letras da Província, pela Editora Globo, de Porto Alegre;

1944 – Publica o ensaio “Machado de Assis – aspectos de sua vida e sua obra” (1939), na revista Província de São Pedro.

1944 – Publica o estudo “Dois lados de uma paisagem”, no Boletim da Sociedade Felipe d’Oliveira, do Rio de Janeiro, n. 8.

1945 – Publica o ensaio “Eça de Queirós e o espírito de rebeldia”, na Poliantéia, sobre o centenário de Eça de Queirós, em edição Dois Mundos, de Lisboa.

1945 a 1957 – Funda e dirige a revista cultural Província de São Pedro (21 números).

1947-1949 – Preside o Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul.

1949 – Ingressa no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGB), como sócio efetivo, tomando posse em 30 de agosto.

1950 – Participa do I Colóquio sobre Estudos Luso-Brasileiros em Washington, D.C. (USA). Exerce a função de segundo vice-presidente do IHGB, até 1956. Viaja aos Estados Unidos da América, onde permanece três meses, em programa de intercâmbio de intelectuais brasileiros.

1952-1972 – Preside a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), período em que a instituição transforma-se em fundação estatal.

1953 – Publica “Evocação de Lobo da Costa”, conjunto de palestras proferidas sobre o poeta, em Pelotas (RS), em comemoração ao centenário de nascimento do autor, juntamente com Athos Damasceno Ferreira e Mozart Vitor Russomano, pela Livraria do Globo, de Porto Alegre.

1954 – É vice-presidente do Congresso Internacional de Escritores em São Paulo (SP), patrocinado pelo IV Centenário da Cidade de São Paulo, juntamente com Paul Rivet, William Faulkner e Rodolfo Mattei. É conferencista no Curso de Fundamentos da Cultura Rio-Grandense, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre.

1955 – Polemiza com o escritor Mansueto Bernardi sobre o índio Sepé Tiaraju e o legado das missões jesuíticas.

1957 – Publica Simões Lopes Neto – contos e lendas, biografia e antologia, pela Editora Agir, do Rio de Janeiro, para Coleção Nossos Clássicos, 5.

1957 – Publica o ensaio “O gaúcho rio-grandense e o gaúcho platino”, na 2ª. série de Fundamentos da Cultura Rio-Grandense, da Faculdade de Filosofia da UFRGS, de Porto Alegre.

1958 – Publica a conferência “O Partenon Literário” no volume Seminário de Estudos Gaúchos, da PUCRS.

1960 – Publica o livro Machado de Assis – histórias mal contadas e outras histórias, pela Livraria São José, do Rio de Janeiro.

1960 – Publica a conferência “Os jesuítas no Rio Grande do Sul”, na 4ª. série de Fundamentos da Cultura Rio-Grandense, da Faculdade de Filosofia da UFRGS, de Porto Alegre.

1960 – Publica Simões Lopes Neto – contos e lendas, biografia e antologia, pela Editora Agir, do Rio de Janeiro, para Coleção Nossos Clássicos, 5. (2ª. edição).

1962 – Publica o ensaio-conferência “A configuração atual do Rio Grande do Sul e sua fronteira histórica”, na 5ª. série de Fundamentos da Cultura Rio-Grandense, da Faculdade de Filosofia da UFRGS, de Porto Alegre.

1962 – Publica “O Rio Grande e o Prata”, contrastes, no Caderno do Rio Grande, n. 12, do Instituto Estadual do Livro, da Divisão de Cultura da SEC, de Porto Alegre.

1962 – Publica o estudo “A valorização do português na obra de Gilberto Freyre”, incluído na obra Gilberto Freyre: sua ciência, sua filosofia e sua arte, publicada no Rio de Janeiro pela José Olympio.

1962-1963 – Preside o Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul.

1963-1964 – Preside o Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano, em Porto Alegre.

1964 – Publica o livro Capitania d’El Rey – Aspectos polêmicos da história do Rio Grande do Sul, pela Editora Globo, de Porto Alegre. Assume a primeira vice-presidência do IHGRS, função em que permanece até 1980; exerce também as funções de presidente do IHGRS.

1964 – Publica o estudo”Formação e história do gaúcho rio-grandense”, incluído na obra Rio Grande do Sul: terra e povo, da Editora Globo, de Porto Alegre.

1965 – Publica Síntese histórica da formação rio-grandense, pelo Ministério da Guerra/III Exército, de Porto Alegre.

1965-1969 – Preside a Aliança Francesa, em Porto Alegre.

1966 – É eleito acadêmico correspondente da Academia Internacional de Cultura Portuguesa, de Lisboa, Portugal.

1967 – Viaja à Europa. É nomeado para integrar o grupo de vinte e cinco intelectuais brasileiros do Conselho Federal de Cultura. Preside o Gabinete Português de Leitura de Porto Alegre.

1968 – Publica a versão em inglês do livro Capitania d’El Rey – Aspectos polêmicos da história do Rio Grande do Sul, nos Estados Unidos da América, sob o título Brazil South – Its Conquist Settlement), pela Alfredo A. Knopf Inc., de Nova York, com tradução de Linton Lomas Barret e Marie Mac David Barret.

1968 – Publica o estudo “A herança lusitana na cultura do Rio Grande do Sul”, em Separata do Boletim Português de Leitura.

1969 – Escreve para a segunda edição da obra A literatura do Brasil, organizada por Afrânio Coutinho, um estudo sobre o crítico José Veríssimo, publicada pela Editora Sul Americana do Rio de Janeiro.

1969 – Publica o estudo “O mestre de campo André Ribeiro Coutinho, segundo governador do Continente de São Pedro”, em Separata do Boletim Internacional da Cultura Portuguesa, n. 5.

1969 – Publica o estudo “Brigadeiro José da Silva Paes, fundador do Rio Grande do Sul”, na Separata da Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, n. 7, de São Paulo.

1970 – Publica o livro Recortes do velho mundo – impressões de viagem, pela Livraria Sulina, de Porto Alegre

1970 – Publica o livro Capitania d’El Rey – Aspectos polêmicos da história do Rio Grande do Sul, pela Editora Globo, de Porto Alegre (2ª. edição).

1972 – É orador na sessão solene de inauguração da nova sede do IHGRS.

1973 – Publica Fronteira, pela Editora Globo e UFRGS.

1978 – Publica Oswaldo Aranha: pequenos registros à margem de uma grande personalidade – esquema de uma biografia que não chegou a escrever sobre seu amigo, pela Editora Lima, de Porto Alegre.

1978 – Publica o estudo “Castilhos e o castilhismo”, incluído em Júlio de Castilhos, de Claúdio Todeschini, lançada pelo Instituto Estadual do Livro, de Porto Alegre.

1979 – Recebe o título de Doutor Honoris Causa pela UFRGS. É eleito acadêmico correspondente da Academia Portuguesa de História, de Lisboa, Portugal.

1980 – Falece Moyses Vellinho, em Porto Alegre, em 26 de agosto. Como homenagem póstuma, é eleito o patrono da Feira do Livro de Porto Alegre de 1980.

1981 – É lançado postumamente o livro Aparas do tempo, pela União de Seguros Gerais, de Porto Alegre.

(Fonte: http://www.pucrs.br/delfos)

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