Moacyr Scliar, romancista, colunista e ensaísta, publicou mais de 70 livros

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Moacyr Scliar (Porto Alegre, 23 de março de 1937 – Porto Alegre, 27 de fevereiro de 2011), escritor e médico brasileiro, autor de cerca de 70 obras entre romances, contos, ensaios e histórias infantis.

O romancista, colunista e ensaísta Scliar é especialista em saúde pública e professor universitário. Publicou mais de 70 livros, entre crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil. Em 2003, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Entre as obras mais importantes, destacam-se os contos e os romances “O ciclo das águas”, “A estranha nação de Rafael Mendes”, “O exército de um homem só” e “O centauro no jardim”.

Scliar nasceu no dia 23 de março de 1937 em Porto Alegre em uma família judia que emigrou de Bessarabia (Rússia) no início do século XX.

O escritor se formou médico, era especialista e doutor em Saúde Pública, e exerceu sua profissão como funcionário do Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência do Porto Alegre.

Sua primeira obra, “Histórias de médico em formação”, publicada em 1962, relata precisamente suas experiências pessoais como estudante de medicina.

Sua obra tem uma forte influência da tradição judaica, cuja comunidade no Brasil o cita como um de seus principais representantes no país.
O escritor foi eleito membro da Academia Brasileira das Letras em 2003 e conquistou o prêmio Jabuti, um dos mais prestigiosos na literatura brasileira, em quatro oportunidades (1988, 1993, 2000 e 2009), a última das quais por seu romance “Manual da Paixão Solitária”, a última que escreveu.

Entre seus principais obras destacam “A Guerra no Bom Fim”, “O Carnaval dos Animais “, ” O Centauro no Jardim”, “O Exército de um Homem Só”, ” A Estranha Nação de Rafael Mendes” e “Max e os Felinos”.

Algumas das obras de Scliar, que também era colunista dos jornais “Zero Hora” e “Folha de São Paulo”, foram adaptadas para o teatro e a televisão, inclusive no exterior. Scliar morreu no dia 27 de fevereiro de 2011, de falha múltipla de órgãos, aos 73 anos, em Porto Alegre.
(Fonte: www. br.noticias.yahoo.com – 27 de fevereiro de 2011)

Scliar consolidou a temática judaica na literatura brasileira
Obra de um escritor tão prolífico
Da estréia com “O Carnaval dos Animais (1968) até o elogiado “Eu Vos Abraço Milhões” (2010), foram algo como 70 livros entre romances, coletâneas de contos, crônicas, ensaios e infanto-juvenis. Um conjunto heterogêneo, naturalmente, tanto nos temas e na forma quanto no resultado –que, em seus melhores momentos, teve registros que iam do fantástico/mítico em “O Centauro no Jardim” (1980) ao realismo histórico de “A Majestade do Xingu” (1997).

Os manuais e enciclopédias do futuro devem creditar a ele, na esteira do pioneirismo de Samuel Rawet (1929-1984), a consolidação da temática judaica na literatura brasileira. Mais amplamente, das questões que envolvem imigrantes na sociedade moderna do país.

Nos anos 70, quando Scliar se firmou na geração que tinha João Antonio, Ignácio de Loyola Brandão, Ivan Angelo e outros tantos nomes menos ou mais engajados, os sentimentos característicos desse tipo de personagem –sua estranheza e ambiguidade diante de uma realidade muitas vezes hostil– de alguma forma ganharam ressonâncias políticas condizentes com o espírito da época.
Mas o traço que mais define o autor talvez seja o de contador de histórias. Influenciado por tradições ancestrais como a narrativa oral e a parábola bíblica, poucas vezes ele se colocou acima de seus enredos, tanto em termos de estilo quanto de uma suposta sofisticação psicológica.
Para muitos que o conheceram ou trabalharam com ele – amigos, colegas, as dezenas de jovens escritores para quem ele escreveu prefácios, os editores de jornais e revistas que ele salvou de inúmeras emergências em prazos exíguos–, era como se esse procedimento literário, que transpirava interesse pelos pequenos dramas e comédias humanos, fazendo com que isso chegasse ao leitor da maneira mais despojada e saborosa possível, reproduzisse um traço pessoal seu: a generosidade.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br – MICHEL LAUB/ ESPECIAL PARA A FOLHA – 27/02/2011)

CARREIRA

Nascido em Porto Alegre e formado em medicina, o escritor e colunista da Folha publicou mais de 70 livros entre diversos gêneros literários: romance, crônica, conto, literatura infantil e ensaio.

Scliar ganhou diversos prêmios Jabuti. Em 2009, o romance “Manual da Paixão Solitária” foi eleito livro do ano. Ele também emplacou dois na categoria romance, “Sonhos Tropicais” (1993) e “A Mulher que Escreveu a Bíblia” (2000), e um na categoria contos, “O Olho Enigmático” (1988). Em 1980, ele venceu o prêmio de literatura da APCA por “O Centauro no Jardim”.

Seus livros frequentemente abordam a imigração judaica no Brasil, mas também tratam de temas como o socialismo, a medicina e a vida da classe média. A obra de Scliar já foi traduzida para doze idiomas.

Dois deles, “Um Sonho no Caroço do Abacate” e “Sonhos Tropicais”, ganharam adaptação para o cinema.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br – GRACILIANO ROCHA DE PORTO ALEGRE – 27/02/2011)

Médico, Scliar publicou primeiro livro em 1971; saiba mais

O escritor gaúcho Moacyr Scliar, publicou mais de 80 livros de diversos gêneros literários. Em 2003, entrou para a Academia Brasileira de Letras.
Scliar ganhou diversos prêmios Jabuti. Em 2009, o romance “Manual da Paixão Solitária” foi eleito livro do ano. Ele também emplacou dois na categoria romance, “Sonhos Tropicais” (1993) e “A Mulher que Escreveu a Bíblia” (2000), e um na categoria contos, “O Olho Enigmático” (1988). Em 1980, ele venceu o prêmio de literatura da APCA por “O Centauro no Jardim”.

Seus livros frequentemente abordam a imigração judaica no Brasil, mas também tratam de temas como o socialismo, a medicina e a vida da classe média. A obra de Scliar já foi traduzida para doze idiomas.

Dois deles ganharam adaptação para o cinema.
O primeiro foi o romance “Um Sonho no Caroço do Abacate”, sob o título “Caminho dos Sonhos”. Dirigido por Luca Amberg, o filme tinha a participação dos atores americanos Elliott Gould (Friends) e Talia Shire, além de Taís Araújo, Caio Blat, Mariana Ximenes, Fábio Azevedo e Edward Boggiss.

Em 2002, o romance “Sonhos Tropicais” foi adaptado sob a direção de André Sturm, com Carolina Kasting, Bruno Giordano, Flávio Galvão, Ingra Liberato e Cecil Thiré no elenco.
Scliar também escreveu crônicas e resenhas de livros. Era colunista da Folha.

Veja abaixo os principais livros de Scliar.

“A Guerra no Bom Fim” (1971)

“O Exército de um Homem Só” (1973)

“O Centauro no Jardim” (1980)

“Max e os Felinos” (1981)

“A Majestade do Xingu” (1997)

“A Mulher que Escreveu a Bíblia” (1999)

“Os Leopardos de Kafka” ( 2000)

“Sonhos Tropicais” (1992)

“Os Vendilhões do Templo” (2006)

“Manual da Paixão Solitária” ( 2008)

“Eu Vos Abraço Milhões” (2010)

VIDA

Nascido Moacyr Jaime Scliar em 23 de março de 1937 em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, ele foi alfabetizado por sua mãe, que era professora primária.

Scliar cursou medicina na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde se formou em 1962. No mesmo ano, publicou seu primeiro livro, “Histórias de Médico em Formação”, coletânea de contos baseados em sua experiência como estudante. O escritor fez residência Santa Casa de Porto Alegre, se especializando médico sanitarista.

Em 1965, Scliar se casou com Judith Vivien Oliven. Três anos depois, publicou o livro de contos “O Carnaval dos Animais”, o qual considera de fato sua primeira obra. Em 1969, assumiu o cargo de chefe da equipe de educação em saúde da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul.

No ano seguinte, iniciou um curso de pós-graduação em medicina comunitária no Instituto de Seguro Médico de Israel. Em 1971, o escritor lançou seu primeiro romance, “A Guerra no Bom Fim”. O filho de Scliar, Roberto, nasceu em 1979.

(Fonte: www1.folha.uol.com.br – 27/02/2011)

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