Milva, cantora italiana apelidada de “Pantera de Goro”, em referência à sua cidade natal, e de “A Vermelha”, por causa de seus cabelos ruivos

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Cantora italiana fez sucesso sobretudo nas décadas de 1960 e 1970

 

 

Maria Ilva Biolcati (1939-2021), cantora italiana mais conhecida como Milva. (Crédito: Arthur Grimm/United Archives /Getty Images)

 

‘Indominável’: Milva, querida cantora italiana

 

Maria Ilva Biolcati (Goro, 17 de julho de 1939 – Milão, 23 de abril de 2021), cantora italiana mais conhecida como Milva, cuja a voz tornou-se conhecida por causa da canção Bella Ciao.

 

A música foi símbolo da resistência da Itália durante a Segunda Guerra Mundial e voltou a ser cantada nos últimos anos ao integrar a trilha sonora da série La Casa de Papel.

 

A cantora e atriz italiana foi a mais famosa intérprete da canção “Bella Ciao”, estourou ao lançar em 1965. De autoria desconhecida, a música original existia desde o século 19 e virou símbolo da resistência da Itália durante a 2ª Guerra Mundial. Com Milva, a canção se fortaleceu como tornou hino de liberdade e de luta contra o fascismo.

 

Apelidada de “Pantera de Goro”, em referência à sua cidade natal, e de “A Vermelha”, por causa de seus cabelos ruivos, Milva fez sucesso sobretudo nas décadas de 1960 e 1970 e é autora de canções como “Tango Italiano” e “Flamengo Rock”.

 

Milva, uma das cantoras mais populares da Itália nos anos 60 e 70 e também amada por muitos fãs no exterior, estrelou como atriz cênica, com repertório fortemente baseado na obra do dramaturgo alemão Bertolt Brecht. Ela frequentemente trabalhou com o diretor teatral de Milão Giorgio Strehler (1921-1997), que a dirigiu em uma das obras mais marcantes de Brecht, “The Threepenny Opera”, um drama musical.

 

A artista participou de 15 edições do Festival de Sanremo, principal concurso musical da Itália, tendo como melhor resultado um segundo lugar em 1962. Também é sua uma das versões mais célebres da música de resistência “Bella Ciao!”, lançada em 1965.

 

Em 1962, ela estreou no cinema, atuando como coadjuvante em “A Beleza de Hipólita”, de Giancarlo Zagni, ao lado de Gina Lollobrigida.

 

Ao todo, Milva apareceu em 9 filmes até os anos 1990, trabalhando com diretores como o francês Jacques Rouffio e o polonês Krzysztof Zanussi, além de atuar em cerca de 40 peças entre 1964 e 2009. Mas apesar do extenso trabalho como atriz, sempre foi considerada uma cantora pelo público italiano.

 

Nascida em julho de 1939 como Maria Ilva Biolcati em Goro, uma cidade do delta do rio Pó, ela adotou o nome artístico de uma palavra Milva. Junto com as cantoras italianas Ornella Vanoni e Mina, outra intérprete que usava apenas o primeiro nome, Milva foi considerada uma das maiores cantoras populares italianas.

Milva vendeu cerca de 80 milhões de discos, e gravou 173 álbuns. Ela foi apelidada de “Milva, a Vermelha”, por seu volumoso cabelo ruivo, e também de “a Pantera de Goro” por sua vitalidade.

Além disso, Milva foi atriz de teatro e participou de cerca de 40 peças entre 1964 e 2009.

 

Alemanha, França e Itália a homenagearam com prêmios nacionais. Milva também teve uma sequência de fãs na Ásia, principalmente na Coreia do Sul. Ela apareceu 15 vezes no festival de San Remo, o concurso anual para promover canções italianas, brincando depois de sua 12ª vez que ela nunca iria ganhar.

Um de seus sucessos foi a música “Alexander Platz”. Composta pelo compositor italiano Franco Battiato em 1982, ela explorou o amor na Berlim dividida durante a Guerra Fria, tendo seu nome retirado da famosa praça Alexanderplatz de Berlim.

Outros grandes compositores italianos cujas obras Milva cantou incluem Luigi Tenco e Fabrizio De Andre.

Milva, que anunciou sua aposentadoria em 2010 após mais de meio século de atuação, morava em Milão com uma filha, Martina Corgnati. O ex-marido da cantora, Maurizio Corgnati, era um diretor de TV que morreu em 1992.

O crítico musical Mario Luzzatto Fegiz escreveu no Corriere della Sera que entre os muitos talentos de Milva estava a incrível habilidade de cantar qualquer tipo de música em qualquer idioma depois de ouvi-la apenas uma vez.

Milva faleceu em 23 de abril de 2021, aos 81 anos de idade, em sua casa em Milão.

Em seu perfil no Twitter, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que a cantora foi uma “protagonista da música italiana”. “Uma intérprete culta, sensível e versátil, muito apreciada na Itália e no exterior. Expresso meu sentimento de condolências à família”, acrescentou.

Já o ministro da Cultura, Dario Franceschini, disse que Milva foi uma das cantoras “mais intensas” da história do país. “Sua voz suscitou profundas emoções em gerações inteiras. Uma grande italiana, uma artista que, começando de sua terra amada, alcançou os palcos internacionais, tornando seu sucesso global e levando ao alto o nome de seu país”, salientou.

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo – NOTÍCIAS / MUNDO / MILÃO / por (ANSA) – 24/04/2021)

(Fonte: https://www.washingtonpost.com/world – The Washington Post / MUNDO / Por Frances D’Emilio | AP – 24 de abril de 2021)

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/musica/noticias – ENTRETENIMENTO / MÚSICA / NOTÍCIAS / por Pipoca Moderna / fornecido por Microsoft News – 25 de abril de 2021)

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