Milton Ferretti Jung, jornalista, radialista e locutor esportivo, conhecido como “A voz do Rio Grande”

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Radialista e locutor esportivo

 

Ele fez carreira como locutor e repórter esportivo e trabalhou por mais de 50 anos na Rádio Guaíba.

 

Com mais de 50 anos de atuação como locutor esportivo e jornalístico, Milton ficou conhecido como a ‘voz do Rio Grande’.

 

 

Milton Ferretti Jung (Caxias do Sul, 29 de outubro de 1935 – Porto Alegre, 28 de julho de 2019), jornalista, radialista e locutor esportivo.

 

Conhecido como “A voz do Rio Grande”, o gaúcho trabalhou por 56 anos na Rádio Guaíba, do grupo Record no Rio Grande do Sul e  em participou da cobertura jornalistica de importantes eventos esportivos como as Copas do Mundo de 1974, 1978 e 1986.

 

 

Milton Ferreti Jung começou na Rádio Canoas, como locutor de radioteatro da emissora. Em 1958 iniciou o trabalho na Rádio Guaíba. Em 1964, passou a apresentar o principal programa de notícias da emissora: o Correspondente Guaíba. O narrador participou das coberturas de três Copas do Mundo: 1974, 1978 e 1986.

 

 

Dois anos depois deixou a narração e, em 1998, voltou a descrever partidas de futebol na rádio, mas em jogos do Grêmio, seu clube do coração, ou em São Paulo, quando visitava o filho Milton. Cinco anos depois, se despediu dos microfones narrando os quinze primeiros minutos do último Gre-Nal disputado no Estádio Olímpico.

 

 

A poesia “Retrato”, é uma das obras de um antigo colega de trabalho de Milton Ferretti Jung, o poeta e devorador de palavras cruzadas, Mário Quintana.

 

 

Quintana nasceu em 1919, Jung em 1935. Dois gaúchos, jornalistas e contemporâneos na Rádio Guaíba.

 

 

Foi nela que o mais novo dois dois gaúchos bateria um recorde: o homem que comandou o mesmo noticiário por mais tempo.

 

 

Milton comandava o “correspondente” Guaíba, ou correspondente Renner, um quadro de dez minutos com as principais notícias do momento quatro vezes por dia.

 

 

A ligação do narrador de notícias que foi batizado como “A Voz do Rio Grande”, começou bem cedo, como ele contou em uma entrevista para a série “Narrador Esportivo”.

 

 

“Eu ainda estava no colégio, no secundário. Fiz um teste na Rádio Canoas, que depois se transformou em Rádio Clube Metrópole, fiz um teste, passei nesse teste. Eram 200 candidatos. E eu passei no teste. Passaram quatro locutores. Fui um deles. E daí nunca mais saí”, contou.

 

 

Foram quatro anos na Rádio Canoas e 56 na Guaíba. Além das notícias, o gremista fanático ganhou fama e deixou sua marca também no esporte. Trabalhou nas Copas do Mundo de 1974, 1978 e 1986. Esteve na inauguração e na desativação do Estádio Olímpico Monumental, em Porto Alegre, chegou a dividir os microfones com o filho em jogos do Grêmio, os únicos que ele passaria a narrar na segunda passagem pelo esporte, uma exigência para que os ouvintes voltassem a ouvir o bordão: “Gol gol gol”.

 

 

“Desde muito pequeno eu vivo no meio do jornalismo e vivo mesmo, porque era levado pelo meu pai ou pelo meu tio para as redações de rádio ou de jornal. Eu tinha assim na minha mente o seguinte: eu serei jornalista, mas jamais irei trabalhar em rádio, jamais irei trabalhar na rádio Guaíba de Porto Alegre. E por que eu não queria trabalhar em rádio e nem na Guaíba? Eu sou ‘Júnior’, meu pai é Milton Ferretti Jung e eu sou Milton Ferretti Jung Júnior. E eu ficava pensando o seguinte: ir trabalhar no mesmo local que ele, no mesmo veículo que ele, é uma concorrência desleal. Eu achava que não era o meu caminho, mas todos me empurravam para o rádio”, conta o filho.

 

 

Ainda em vida, Milton Ferreti Jung virou nome de um prêmio para locutores importantes organizado pela Revista Press.

 

 

Em sua carreira, Jung também foi locutor de radioteatro e locutor comercial. Passou pela TV, onde teve de adaptar a narração dos jogos que fazia no rádio, pra deixar a imagem falar.

 

 

Milton Ferretti Jung faleceu no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, em 28 de julho de 2019, aos 83 anos.

Ele lutava há anos contra o Alzheimer. A causa da morte foi por insuficiência respiratória.

“O Brasil inteiro aprendeu a admirar a leitura de notícias em rádio com o Milton Jung. Pela sua forma característica, voz única e a perfeição de texto. Ele nasceu com esse dom e, lamentável, nos deixa (…) Ele fez a Rádio Guaíba junto com outros grandes (radialistas). Ele era um dos esteios desta emissora. As grandes emissoras, no seu auge de audiência e repercussão, tem seus ícones e Milton estava no topo desta pirâmide dos ícones da Rádio Guaíba”, revelou emocionado o narrador José Aldo Pinheiro que trabalhou e foi amigo pessoal do histórico jornalista.

(Fonte: https://www.jb.com.br/cultura/2019/07 – Jornal do Brasil / ARTE E CULTURA – 28/07/2019)

(Fonte: https://guaiba.com.br/2019/07/28 – RÁDIO GUAÍBA / Publicado por Sinara Felix – 28/07/2019)

(Fonte: https://henriquebarbosa.com/2019/07/28 – JORNALISMO / POR PEDRO DURÁN – 28/07/2019)

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