Miklós Rózsa, foi um dos compositores importados por Hollywood que mais contribuíram para enobrecer a trilha sonora de um filme

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Música para cinema

 

Miklós Rózsa (ou Miklos Rozsa – Budapeste, Hungria, 18 de abril de 1907 – Los Angeles, Califórnia, 27 de julho de 1995), grande mestre de música para cinema.

 

Nascido na Hungria em abril de 1907, Rózsa (pronuncia-se Rôcha) foi um dos compositores importados por Hollywood que mais contribuíram para enobrecer a trilha sonora de um filme.

 

Mas foi acompanhando e comentando as ações de um filme que entrou para a história da música -e do cinema. Para muita gente, como o maior de sua estirpe. “Nenhum outro realçou tanto as possibilidades dramáticas da música cinematográfica, escreveu um de seus entusiastas, referindo-se, sobretudo, aos angustiados temas que Rózsa compôs para “Farrapo Humano (The Lost Weekend), “Quando Fala o Coração (Spellbound), “Brumas do Passado (Time out of Mind) e “Fatalidade (A Double Life).

 

Na memória, o que reverbera são as marchas que ele criou para épicos religiosos, como “Quo Vadis, “Ben Hur e “O Rei dos Reis, e para outros, laicos, como “Ivanhoé, “Os Cavaleiros da Távola Redonda e “El Cid, imitadas até em dramas radiofônicos. “A Bíblia nunca mais foi a mesma depois dele e Cecil B. De Mille, pilheriou Robert Aldrich, para quem Rózsa compôs o fundo musical de “Sodoma e Gomorra.

 

Cooptado para o cinema na Inglaterra, no final dos anos 30, pelos irmãos Korda, firmou sua reputação em Hollywood sob a guarda de Billy Wilder. Tentaram impor Victor Young a Wilder, antes das filmagens de “Pacto de Sangue (Double Indemnity), mas a velha raposa vienense resistiu. Fizeram juntos mais quatro filmes.

 

Outros luminares das redondezas, como Hitchcock, William Wyler, Vincente Minnelli, Fritz Lang, Joseph Mankiewicz e George Cukor, também recorreram a seus préstimos. Em 1968, seduzido pela possibilidade de trabalhar num western, aceitou um convite de John Wayne, mas nem ao descobrir que “Os Boinas Verdes era outra coisa arrepiou carreira.

 

Em sua fase outonal, fez parceria com Alain Resnais (“Providence) e quase emprestou suas inigualáveis trombetas a “Guerra nas Estrelas, mas Steven Spielberg convenceu George Lucas a usar John Williams, um sub-Rózsa. Seu canto do cisne foi um “tour de force: cobrir de notas paródicas os retalhos daquela colcha “noir intitulada “Cliente Morto não Paga”.

 

Miklós Rózsa faleceu em Los Angeles, Califórnia.

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/8/03/ilustrada – ILUSTRADA / Por SÉRGIO AUGUSTO DA SUCURSAL DO RIO – São Paulo, 3 de agosto de 1995)

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