Miguel de Cervantes, autor de um dos clássicos da literatura universal, Dom Quixote.

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Autor de um dos clássicos da literatura universal, Dom Quixote, o espanhol Miguel de Cervantes (1547 – 1616) foi, ele mesmo, um personagem marcante. Nascido na região histórica de Castela, viveu em várias cidades por conta da profissão do pai, cirurgião. Entrou para o exército e disputou a batalha de Lepanto, contra o Império Otomano, em 1571 – em consequência, segundo alguns biógrafos, teria perdido o braço esquerdo, ou pelo menos os movimentos do braço esquerdo. Mais tarde, na África, ficou cinco anos detidos em Argel. De volta à Espanha, trabalhou no governo do rei Felipe II e chegou a ser preso sob a acusação de desviar os impostos que arrecadava.

Tudo isso se deu antes de ele lançar sua grande obra, Don Quijote de La Mancha (título em castelhano), sobre as incríveis peripécias do fidalgo protagonista e seu fiel escudeiro Sancho Pança. A primeira parte do livro saiu em 1605 e garantiu a consagração de Cervantes como escritor. Ele escreveria outros textos, como Novelas Exemplares (1613), Viagem ao Parnaso (1614) e a coletânea de peças de teatro Oito Comédias e Oito Intermédios (1615), enquanto Os Trabalhos de Persiles e Sugismunda (1617) foi publicado postumamente. Em 1615, Cervantes publicou a segunda parte de Dom Quixote, da qual consta a frase “A ingratidão é filha do orgulho”.

O escritor morreu em 23 de abril de 1616 – teria sido a mesma data de falecimento de outro gigante das letras, o inglês William Shakespeare.

(Fonte: Zero Hora – ANO 49 – N.° 17.159 – Almanaque Gaúcho/ Por Ricardo Chaves – Postado por Luís Bissigo – 29 de setembro de 2012)

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