Michel Foucault, filósofo francês, autor dos livros História da Loucura, Vigiar e Punir e Pierre Rivière

0
Powered by Rock Convert
Michel Foucault, uma das mentes mais brilhantes do século XX. um dos maiores filósofos da contemporaneidade. (Foto: Instituto Ricardo Brennand/Reprodução)

Michel Foucault, uma das mentes mais brilhantes do século XX. um dos maiores filósofos da contemporaneidade. (Foto: Instituto Ricardo Brennand/Reprodução)

 

Michel Foucault (Poitiers, 15 de outubro de 1926 – Paris, 25 de junho de 1984), filósofo francês, autor dos livros História da Loucura, Vigiar e Punir e Pierre Rivière, em que procura demonstrar que a loucura não é uma doença e que, portanto, são dispensáveis os enclausuramentos dos loucos em instituições psiquiátricas. Em seus dezesseis livros, o pensador francês Foucault jamais tentou edificar uma teoria que tivesse a pretensão de explicar o sentido da História ou que funcionasse como uma grande súmula da filosofia ocidental.

Mas, ao tratar de temas aparentemente banais e desconexos – os hospícios, as prisões ou a pintura de Magritte -, ele se tornou um dos intelectuais mais originais dos últimos trinta anos. Foucault rejeitou os grandes sistemas filosóficos, o marxismo e a Psicanálise para investigar a fundo o exercício do poder. Não o poder abstrato dos Estados, das nações ou das classes sociais, mas o que é sentido no cotidiano pelos marginais de várias épocas e países. Daí o seu interesse por loucos e criminosos.

Ao estudar a História, Foucault não reconstituía o passado nem explicava a evolução dos sistemas políticos. Na História da Loucura, por exemplo, ele mostrou as transformações da Medicina, que estendeu o seu poder até segregar os doentes mentais em asilos. Neste livro, a loucura é um espelho da razão e da ciência: enquanto o saber se torna cada vez mais abrangente, a situação dos loucos não melhora.

Ao transpor suas teses para o presente, Foucault evitou envolver-se na política dos partidos e do Estado, apesar de ter ingressado, durante um breve período, no Partido Comunista Francês. Ele preferiu engajar-se na defesa de minorias sexuais, dos presos comuns e dos loucos. Ou seja, defendeu coerente com suas ideias, as vítimas menores do poder.

Foucault morreu no dia 27 de junho de 1984, aos 57 anos, de câncer no cérebro.

(Fonte: Veja, 4 de julho, 1984 – – Edição 826 – – DATAS – Pág; 83)

(Fonte: Veja, 27 de junho de 1984 – Edição 825 – DATAS – Pág: 114)

Powered by Rock Convert
Share.