Michael Mussa, economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) entre 1991 e 2001

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Michael Mussa (1944-2012), economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) entre 1991 e 2001 e ex-conselheiro do presidente americano Ronald Reagan.

Michael Mussa trabalhava atualmente no Peterson Institute.

Ocupando um posto no seio da organização internacional durante as grandes crises financeiras na Rússia e no sudeste da Ásia no fim dos anos 1990, Mussa criticou, em 2002, a maneira pela qual o FMI lidou com a crise financeira na Argentina. Criticou a instituição, principalmente, por ela não ter exercido pressão suficiente sobre o governo argentino, para que corrigisse suas contas nos anos anteriores à crise. Também por ter dado apoio financeiro a ele quando era evidente que o país entraria em default.

– Mike Mussa era um dos economistas internacionais mais dotados de sua geração – afirmou Fred Bergsten, diretor do Peterson Institute, respeitado organismo de pesquisas econômicas.

Nascido em 1944 e diplomado na influente e liberal Universidade de Chicago, onde realizou a primeira parte de sua carreira como professor (1976-1991), com uma passagem posteriormente como membro do conselho econômico do presidente Reagan (1986-1988), Mussa se uniu ao FMI em Washington em 1991. A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, expressou em um comunicado sua “grande tristeza” pela morte de Mussa.

– Durante cerca de uma década, (Mussa) serviu ao FMI e à comunidade internacional com grande distinção – disse Christine, saudando um “alto funcionário do mais alto calibre e um intelectual estimado que vai fazer falta”.

Michael Mussa morreu no dia 15 de janeiro de 2012, de um ataque cardíaco, aos 67 anos.
(Fonte: www.zerohora.clicrbs.com.br/rs – ANO 48 – Memória – 24/01/2012)

Michael Mussa, ex-economista-chefe do FMI
Mussa foi professor na Universidade de Chicago e chegou a integrar o Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca nos últimos dois anos do governo de Ronald Reagan.

NOVA YORK – Michael Mussa, economista-chefe do FMI entre 1991 e 2001, morreu dia 15 de janeiro de 2012, aos 67 anos, depois de um ataque cardíaco. “A qualidade de seu trabalho e seu bom humor o tornaram um favorito do Conselho Executivo. Mike não se esquivava de controvérsias, nem se abstinha de manifestar suas opiniões. Isso podia ser irritante, mas era uma parte essencial de seu modo de agir, além de ser um alicerce crítico para sua eficácia em forçar os colegas e os dirigentes do Fundo a pensarem”, comentou Stanley Fischer, ex-vice-diretor-gerente do FMI e atual presidente do banco central de Israel.

Mussa foi professor na Universidade de Chicago e chegou a integrar o Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca nos últimos dois anos do governo de Ronald Reagan (1987/88). No FMI, ficou conhecido por suas críticas internas aos programas de ajuste impostos à Rússia e à Argentina. Depois de deixar o FMI, Mussa foi um pesquisador sênior do Instituto Peterson de Economia Internacional, sediado em Washington. Suas previsões econômicas, divulgadas a cada semestre, continuaram a atrair atenção.

No último relatório, publicado em setembro, ele escreveu que “está demorando muito para que funcionários públicos e bancos centrais parem de puxar o saco e comecem a chutar o traseiro de banqueiros cujo interesse próprio diverge substancialmente do interesse público”.

“Ele costumava dizer que seu instrumento favorito de política econômica era a oração: não se podia provar que era menos eficaz do que outros instrumentos, e não tinha nenhum dos efeitos colaterais negativos”, comentou Morris Goldstein, colega de Mussa no FMI e no Instituto Peterson.

Em 2010, quando era um dos economistas que previam uma recuperação robusta da economia dos EUA, Mussa ressalvou que “a verdade é que o rumo futuro da economia é incerto, e não há maneira de prever com alto grau de exatidão como as coisas vão transcorrer”.

Segundo Goldstein, “ele achava difícil, mas pensava que valia a pena. Se ele errasse, ele dizia simplesmente: “Eu errei”. Ele sempre foi honesto sobre isso”.

(Fonte: www.economia.estadao.com.br/noticias/economia – Agência Estado – As informações são da Dow Jones. (Renato Martins) 16/01/2012)

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