Maya Plisetskaya, considerada uma das maiores bailarinas do século 20 e personalidade por décadas do Teatro Bolshoi

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Artista era conhecida como “a rainha do ar”.

Maya Plisetskaya (Moscou, 20 de novembro de 1925 – Munique, 2 de maio de 2015), bailarina e coreógrafa russa foi uma das maiores bailarinas da história, dançou por meio século e levou ao tradicional balé soviético coreografias modernas e apresentações carregadas de erotismo. Foi considerada uma das maiores bailarinas do século 20 e personalidade por décadas do Teatro Bolshoi.

A artista era conhecida como “a rainha do ar” e conquistou um de seus primeiros êxitos com a representação, em 1947, de “O lago dos cisnes”.

 

Maya ingressou no Bolshoi em 1943 e durante 50 anos cativou as plateias com suas apresentações (Foto: AFP)

Maya ingressou no Bolshoi em 1943 e durante 50 anos cativou as plateias com suas apresentações (Foto: AFP)

Maya ingressou no Bolshoi em 1943. Durante 50 anos, ela cativou as plateias com a pureza de suas apresentações e seu olhar desconcertante. Conhecida como “a rainha do ar”, ela conquistou um de seus primeiros êxitos com a representação, em 1947, de O lago dos cisnes. Graças à sua versatilidade, pode interpretar personagens tão diversos como a czarina enlouquecida de A fonte de Bajchisarai, a perversa Kitri de Dom Quixote, Carmem, e Ana Karenina.

Em 1967, escandalizou seus companheiros após um encontro, em Moscou, com o coreógrafo cubano Alberto Alonso que, como cidadão de um país comunista amigo, teve permissão para criar a Suíte de Carmen para ela.

– Carmen, em que todo gesto, todo olhar, todo movimento tinha um significado, era diferente de todos os outros balés. A União Soviética não estava preparada para este tipo de coreografia. Foi uma guerra, eles me acusaram de trair a dança clássica – comentou Plisetskaya a respeito do ocorrido.

A bailarina ucraniana Maya Plisetskaya (Foto: Efrem Lukatsky/AP)

A bailarina ucraniana Maya Plisetskaya (Foto: Efrem Lukatsky/AP)

Carreira

Plisetskaya dançou por meio século e levou ao tradicional balé soviético coreografias modernas. Nascida em 20 de novembro de 1925, em Moscou, teve o pai, engenheiro, assassinado em 1938. Sua mãe, uma atriz, foi acusada de traição e enviada a um campo de trabalhos forçados no Cazaquistão.

Maya ingressou no Bolshoi em 1943. Durante 50 anos, ela cativou as plateias com a pureza de suas apresentações.

Graças à sua versatilidade, pôde interpretar personagens tão diversos como a czarina enlouquecida de “A fonte de Bajchisarai”, a perversa Kitri de “Dom Quixote”, “Carmem”, e “Ana Karenina”.

Em foto de 1998, a bailarina Maya Plisetskaya após apresentação em Kiev, na Ucrânia (Foto: Efrem Lukatsky/AP)

Em foto de 1998, a bailarina Maya Plisetskaya após apresentação em Kiev, na Ucrânia (Foto: Efrem Lukatsky/AP)

Mais brilhante bailarina da história

Mas a ousadia valeu a pena. Em 2005, Plisetskaya foi contemplada, juntamente com a também bailarina espanhola Tamara Rojo, com o prêmio Príncipe de Astúrias das Artes. As duas foram consideradas as “mais brilhantes bailarinas da história da dança”. O júri entendeu que Plisetskaya havia “transformado a dança em uma forma de poesia em movimento, ao conjugar a rara qualidade técnica com a sensibilidade artística e humana”.

Em seu 80º aniversário, também em 2005, ela interpretou no Kremlin o Ave Maya, dedicado a ela pelo coreógrafo francês Maurice Béjart, coroando uma noite mágica que contou com a presença de bailarinos clássicos de todo o mundo, monges shaolin, a orquestra do Exército russo Alexandrov e o rei do flamenco Joaquín Cortés.

Uma homenagem que resumiu bem a carreira e o caráter da “Prima ballerina assoluta”, uma distinção suprema que o Bolshoi só concedeu duas vezes em sua história.

– Maya Plisetskaya assimilou uma grande tradição, a dirigiu e reciclou, alcançando a liberdade. Independentemente do que dance, sinto nela uma força vital enorme, a sensualidade, mas, sobretudo, a modernidade – definiu  Maurice Béjart. Para o coreógrafo, Maya Plisetskaya era a “última lenda viva da dança”.

A russa Maya Plisetskaya, 89 anos, morreu em 2 de maio de 2015, vítima de um ataque cardíaco fulminante, anunciou o diretor do teatro Bolshoi, Vladimir Urin. Ele contou ter sido informado pelo marido da bailarina, o célebre compositor russo Rodion Shchedrin, de que Plisetskaya faleceu na Alemanha, onde o casal tinha uma residência.

Por meio de um comunicado de seu serviço de imprensa, o presidente russo, Vladimir Putin, expressou suas condolências à família.

(Fonte: Zero Hora – ANO 51 – Nº 18.100 – 4 de maio de 2015 – TRIBUTO – Pág: 35)

(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2015/05 – POP & ARTE – Da AFP – 02/05/2015)

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