Massimo Troisi, ficou mundialmente conhecido depois do sucesso de O Carteiro e o Poeta, de Michael Radford

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O ator napolitano Mássimo Troisi, foi considerado um dos grandes talentos da nova geração de cômicos italianos

 

Roberto Benigni e Troisi em história que flerta com a ficção científica.

Roberto Benigni e Troisi em história que flerta com a ficção científica.

 

Massimo Troisi (San Giorgio a Cremano, Itália, 19 de fevereiro de 1953 – Roma, 4 de junho de 1994), excepcional ator, diretor de cinema e roteirista, ficou mundialmente conhecido depois do sucesso de O Carteiro e o Poeta (1994), de Michael Radford.

Troisi se tornou conhecido do grande público após sua aparição no filme “A Viagem do Capitão Tornado”, do diretor Ettore Scolla.

Antes, já havia feito outro filme com o diretor, a comédia “Che Ora E”, em que atuou com Marcello Mastroiani e pela qual ganhou o prêmio de melhor ator no Festival de Veneza de 1989.

Por sua atuação, ele foi indicado na categoria de melhor ator para o Oscar de 1996. O filme conta a história comovente da amizade entre o poeta chileno Pablo Neruda (1904-1973) e um carteiro, este interpretado por Troisi. Por intermédio da amizade, o carteiro descobre a poesia e o poder das palavras.

O filme é baseado em livro do escritor chileno António Skármeta. Originalmente, a história se passa em Isla Negra, no Chile. Na versão de Radford, é ambientada na Itália. Troisi trabalhou já bastante doente e morreu pouco depois de terminadas as filmagens.

Antes, Massimo Troisi já havia feito vários filmes, entre eles A Viagem do Capitão Tornado (1990), para muitos críticos o melhor filme de Ettore Scola, baseado na obra de Théophile Gautier (1811-1872). Nele, Troisi interpreta um inesquecível Pulcinella.

Na comédia Só Nos Resta Chorar (1985), dirigida e interpretada por Troisi, em parceria com Roberto Benigni. Os dois pesos pesados da moderna comédia italiana imaginam e interpretam uma trama que flerta com a ficção científica. Eles são dois amigos que andam de carro pelo campo italiano na Toscana e discutem coisas do dia a dia.

Mario (Roberto Benigni) está preocupado com a irmã, internada por depressão por ter sido abandonada pelo noivo americano. E pergunta a Saverio (Massimo Troisi) se este não aceitaria casar-se com ela. Numa encruzilhada, o automóvel fica detido pela passagem de um trem e os dois decidem tomar um caminho secundário. Perdem-se e, sob chuva, buscam abrigo numa hospedaria.

Notam que as pessoas se vestem de modo estranho e logo descobrem que, através de alguma fresta do tempo, foram parar… no fim do século 15. Mais exatamente em 1492, pouco antes da viagem de Cristóvão Colombo que redundaria na descoberta da América.

O filme foi considerado uma das melhores comédias italianas dos anos 1980 e obteve grande sucesso de público em seu país. 

Troisi, morto precocemente em 4 de junho de 1994, deixou aberto uma lacuna, a dos grandes cômicos meridionais, na tradição de Totò. Tinha aquele mesmo acento napolitano de Totò, cantado e choroso, e o mesmo rosto maleável e cheio de malícia. Era um cômico formidável.

Só Nos Resta Chorar é um típico filme de esquetes. Nota-se que os dois atores se reservaram amplo espaço de improvisação em suas falas, na qual o sentido de improviso dos atores é fundamental. Ambos são brilhantes, grandes atores. Há uma linha geral na história, mas os episódios são desdobrados segundo a inspiração de momento dos dois, cultores, ambos, da tradição da commedia dell’arte, na qual o sentido de improviso dos atores é fundamental.

Massimo tinha recém-terminado as filmagens de “Il Postino”, do diretor inglês Michael Redford. No filme, atua ao lado do francês Phillipe Noiret. 

Massimo Troisi faleceu em 4 de junho de 1994, por problemas cardíacos. O ator sofria de problemas no coração desde a sua infância. Seu corpo foi encontrado na casa de sua irmã, nos arredores de Roma.

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema – CULTURA – CINEMA / Por LUIZ ZANIN ORICCHIO – 20 Fevereiro 2015)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/6/07/ilustrada – FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA – DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS – 7 de junho de 1994)

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