Martim Gonçalves, fundador e primeiro diretor da Escola de Teatro da Universidade da Bahia.

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Fundou o primeiro teatro universitário do país

Eros Martins Gonçalves Pereira, Martim Gonçalves (Recife, 1919 – Recife, 18 de março de 1973), diretor de teatro, fundador e primeiro diretor (1955/61) da Escola de Teatro da Universidade da Bahia. Nascido no Recife em 1919, formou-se em medicina e abandonou a carreira para dedicar-se à pintura em 1942.

No ano seguinte foi cenógrafo de “Bodas de Sangue”, de García Lorca, para Dulcina-Odilon; após estágio em Londres, fundou a Sociedade Brasileira de Marionetistas (1946), apresentando peças clássicas e modernas através de marionetes em excursões pelos Estados: em seguida, estudou na França, trabalhou em São Paulo com Alberto Cavalcanti, como produtor e roteirista na Cia.

Cinematográfica Vera Cruz (1950); fundou a companhia O Tablado, com Maria Clara Machado (1952), e o Teatro do Largo, ao ar livre, no Rio de Janeiro (1953).

Depois de sua atividade pioneira na Bahia, na vanguarda do ensino e da pesquisa teatrais no país, radicou-se no Rio de Janeiro, no Museu de Arte Moderna e na Escola Nacional de Belas-Artes.

Entre suas encenações mais famosas destacam-se “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna (1958), “A Ópera dos Três Vinténs”, de Bertold Brecht (1960), “Bonitinha mas Ordinária”, de Nelson Rodrigues (1963), e “Pena Ela Ser o Que É”, de Jean-Paul Sartre (1964).

Operado de câncer no Rio de Janeiro, hemiplégico, morreu dia 18 de março de 1973, de tumor cerebral, no Instituto de Neurocirurgia e Neurologia do Recife, aos 54 anos.
(Fonte: Veja, 4 de abril, 1973 – Edição n.° 239 – DATAS – Pág; 14)

Fundou o primeiro teatro universitário do país
O Teatro Martim Gonçalves é fundado em 1958 pelo pernambucano Eros Martim Gonçalves. Localizado na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, em Salvador, é considerado o primeiro teatro universitário do país.

Batizado em sua inauguração de Teatro Santo Antônio, muda seu nome quando completa 40 anos de existência. Fechado em 1999 para reformas, o teatro reabre suas portas em 2007 com a ampliação de seu palco fixo de 6 para 11 metros, e o aumento do número de cadeiras no local, de 140 para 220 lugares.

A reinauguração coincide com a formatura da primeira turma de atores do bacharelado em Artes Cênicas na Habilidade de Interpretação da Universidade Federal da Bahia, que apresenta a peça “As Bruxas de Salem”, de Arthur Miller.

(Fonte: Veja, 4 de abril, 1973 – Edição n.° 239 – DATAS – Pág; 14)

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