Manuel Martínez Carril, fundador e diretor honorífico da Cinemateca Uruguaia

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Manuel Martínez Carril (Montevidéu, 1938 – Montevidéu, 4 de agosto de 2014), o Manolo, fundador e diretor honorífico da Cinemateca Uruguaia

Ele era uma referência para a cinefilia do país vizinho desde quando presidia a Associação Nacional de Críticos, nos anos 1960. Por aqui, foi homenageado com o Kikito de Cristal no Festival de Gramado de 2010, além de estar no ótimo filme A Vida Útil, exibido nos cinemas brasileiros em 2012.

Foi secretário do departamento de publicações da Universidad de la República, diretor do Cine Club del Uruguay e professor na Escola de Cinematografia da Cinemateca Uruguaia, além de autor de diversos livros, entre eles um sobre Luiz Buñuel, outro sobre a produção latino-americana e outros dois sobre o cinema uruguaio.

Assumiu a direção da cinemateca em 1978, numa longa gestão que se confundiu com a própria estrutura da instituição.

Foi sob sua direção que a instituição incorporou muitos filmes, cresceu e alcançou o prestígio que a caracteriza, tornando-se referência inclusive para os cinéfilos brasileiros que chegaram a ir ao país vizinho para ver títulos censurados por aqui.

É interessante ver A Vida Útil e notar a autoironia do longa, que trata a Cinemateca Uruguaia (e a própria cinefilia como a conhecemos) de maneira melancólica e um tanto resignada em tempos de blockbusters e multiplexes – como se fosse uma instituição de um tempo que não existe mais.

Manolo morreu em 4 de agosto de 2014, em Montevidéu. Ele tinha 76 anos. Fumante compulsivo, Manolo estava com a saúde debilitada e limitações físicas, mas a capacidade intelectual e a veia irônica que caracterizavam seus textos críticos (em periódicos como La Mañana) permaneceram intactos até o fim.

“A frase ‘Manolo é a Cinemateca’ não lhe agradava muito, mas era constantemente repetida”, escreveu seu parceiro Guillermo Zapiola, em texto em sua homenagem no jornal El País.

A Secretaria da Cultura de Porto Alegre ressaltou a parceria com Manolo na divulgação do cinema gaúcho no país vizinho e chamando a atenção para a sua contribuição no projeto de criação da Cinemateca Capitólio, que foi inaugurada recentemente na capital gaúcha.

 

(Fonte: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/noticia/2014/08-4567327 – NOTÍCIAS – Daniel Feix – 04/08/2014)

 

 

 

 

 

 

 

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