Manuel Graña Etcheverry, poeta, político e tradutor argentino

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Manuel Graña Etcheverry (Córdoba, novembro de 1915 – Deán Funes, 27 de maio de 2015), poeta, político e tradutor argentino, genro de Carlos Drummond de Andrade

Nascido em Córdoba, o escritor atuou ativamente na política argentina durante o Peronismo. Formado em direito, foi eleito deputado do Congresso Nacional aos 30 anos, em 1946 pelo Partido Laborista.

 

Poeta e tradutor, o argentino Manuel Graña Etcheverry

Poeta e tradutor, o argentino Manuel Graña Etcheverry

 

O poeta traduziu a obra de Carlos Drummond de Andrade para o espanhol. Manolo, como gostava de ser chamado, distinguia-se pela importância literária, pela fortaleza moral e pelo comportamento ético, com que fez jus, no decorrer da sua longa vida, à admiração do público e ao afeto dos amigos.

Manolo também entrou para a história argentina para além do cânone literário. Orgulhava-se de ter sido o relator do projeto de lei que concedeu o voto feminino no país em 1947, quando foi deputado federal pela província de Córdoba durante o governo peronista. No Brasil, a principal obra do poeta, “Antologia Hede”, em 2012, em edição traduzida pelo próprio Manolo. Publicado originalmente em 1954, o livro versa sobre a cultura e os costumes de um povo primitivo, criado por Etcheverry.

Manolo casou-se com Maria Julieta, única filha do poeta itabirano, com quem teve três filhos -Carlos Manoel, Luís Maurício e Pedro Augusto. “Ouvi o Drummond dizer várias vezes que ele [Manolo] foi o melhor tradutor dele para o espanhol”, diz Edmílson Caminha, consultor da Fundação Carlos Drummond de Andrade. Manolo e Maria Julieta conheceram-se em Buenos Aires, nos anos 1940. Inicialmente, Drummond resistiu ao pretendente de sua única filha, então com 21 anos, mas acabou concordando com o casamento dos dois.

A filha confrontou o pai citando seus próprios versos: “Depressa, que o amor não pode esperar!”. Em entrevista à Folha de S.Paulo em 2012, quando publicou-se a obra de Graña no Brasil pela primeira vez, a família contou que as maneiras do genro argentino mudaram o sogro. “Carlos acabou adotando o uísque das sete, um dos hábitos do papai”, disse Luís Maurício Graña Drummond. 

Manuel Graña Etcheverry morreu em 27 de maio de 2015, aos 99 anos, em Deán Funes, cidade do interior da Argentina onde morava, de insuficiência respiratória, desencadeada por uma infecção. Ele completaria cem anos em novembro. 

(Fonte: http://www.bemparana.com.br/noticia/388295 – Televisão e Gente – Folhapress – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – 27/05/15)

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura -16276330#ixzz3bMUEHsET – CULTURA / POR O GLOBO – 27/05/2015)

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