Luisa Cuesta, foi uma das fundadoras da organização de Mães e Familiares dos Uruguaios Detidos Desaparecidos durante a ditadura (1973-1985)

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Luisa Cuesta foi referência na busca por desaparecidos na ditadura no Uruguai

 

Cuesta foi protagonista nos esforços dos familiares dos desaparecidos para encontrar seus entes queridos, e sua morte causou grande angústia, que foi expressada também nas redes sociais, com a lembrança de muitas frases em que ela incentivava a não cederem nas buscas.

 

No Uruguai, como em outros países da região sob ditaduras na década de 1970, funcionou o chamado “Plano Condor”, que terminou com o sequestro, tortura, morte ou desaparecimento de militantes da esquerda ou opositores dos governos.

 

Luisa Cuesta faleceu em 21 de novembro de 2018, aos 98 anos. Morreu sem saber o paradeiro de seu filho, Nebio Melo Cuesta, que desapareceu em Buenos Aires em 1976.

 

A própria Luisa foi detida no início da ditadura e, quando foi libertada, foi para o exílio na Holanda, de onde retornou em 1985.

 

“Nós vamos morrer, os mais velhos também, mas vamos deixar pessoas que continuam lutando por isso porque é natural que continuemos lutando por uma verdade”, disse ela em 2006, de acordo com declarações postadas no Twitter do canal local Teledoce.

 

A imprensa uruguaia prestou homenagem nesta quinta-feira à militante pelos direitos humanos. “Sem conhecer a verdade”, foi a manchete do jornal El Observador. Enquanto isso, o jornal La República, com o título “Para sempre Luisa”, saudou um “emblema da luta para encontrar detidos desaparecidos”.

 

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