Lélia Abramo dignificou o ator

 

Lélia Abramo (São Paulo, 8 de fevereiro de 1911 – São Paulo, 9 de abril de 2004), atriz e dramaturga, foi uma atriz que não se limitou a provar coerência na pele de suas personagens. Irmã dos jornalistas Cláudio e Lívio Abramo, começou tarde a carreira de atriz, depois dos 40 anos. Como líder do sindicato da categoria, foi uma das responsáveis pela regulamentação de sua profissão.

 

Descendente de italianos, Lélia estreou como atriz apenas aos 46 anos na peça Eles Não Usam Black-Tie, em 1958, a primeira de suas 28 peças.

 

Tornou-se conhecida pelo engajamento em movimentos políticos e sociais, como a campanha Diretas Já, em 1984. Integrou o grupo de fundadores do Partido dos Trabalhadores.

 

Na década de 60, Lélia foi uma forte opositora contra o regime militar e se consagrou no cinema com Vereda da Salvação e O Caso dos Irmãos Naves.

 

Como presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos de São Paulo, em 1977, Lélia regulamentou a profissão de ator no Brasil e integrou o grupo que fundou o Partido dos Trabalhadores,
em 1980.

 

Na Globo, a atriz ficou conhecida pelas novelas Pai Herói (1979) e Pão Pão Beijo Beijo (1983), além da série O Tempo e o Vento (1985).

 

Em 6 de abril, Lélia foi homenageada na 16ª edição do Prêmio Shell de Teatro, em São Paulo.

 

Hospitalizada no dia 2 de abril de 2004, devido a uma queda em que fraturou a bacia, morreu em consequência de uma embolia pulmonar, dia 9 de abril, aos 93 anos, em São Paulo.

(Fonte: Veja, 21 de abril, 2004 – ANO 37 – N° 16 – Edição 1850 – DATAS – Pág; 99)

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/245/aconteceu – Edição 245 – ACONTECEU – TRIBUTO / por Dirceu Alves Jr. – 19/04/2004)