Lee Kun-hee, magnata do gigante tecnológico sul-coreano Samsung Electronics

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Presidente da Samsung é de novo o acionista mais rico da Coreia do Sul

Prédio da sede da Samsung Electronics, em Seul, na Coreia (Foto: Kim Hong-Ji / Reuters)

Prédio da sede da Samsung Electronics, em Seul, na Coreia (Foto: Kim Hong-Ji / Reuters)

 

Lee Kun-hee, presidente da Samsung Electronics, responsável por transformar a Samsung em uma das maiores empresas do planeta

Lee Kun-hee, um dos homens mais ricos e poderosos do mundo da tecnologia, com uma fortuna pessoal estimada em 7,4 bilhões, Lee Kun-hee é filho de Lee Byung-Chull (1910-1987), que fundou a companhia em 1938 inicialmente como uma loja que vendia peixe seco para a China. 

Lee Byung-Chull teve três filhos e cinco filhas, sendo que a maioria deles administra hoje os próprios empreendimentos. Ele morreu em novembro de 1987, depois de romper com a tradição confuciana de entregar o controle dos negócios da família ao filho mais velho.

Mais de 70 anos depois, a empresa deixou de lado seu ramo original para expandir seus negócios por diversas áreas, desde aparelhos eletrônicos até a fabricação de navios.

Sob o comando Lee Kun-hee, a Samsung cresceu e se tornou a marca sul-coreana mais conhecida em todo o mundo, produzindo navios, edifícios residenciais, chips de computadores e celulares.

A Samsung é vista hoje como um orgulho para a Coreia do Sul. Uma das empresas mais prestigiadas do planeta, ela reúne na atualidade as pessoas mais talentosas do país, e pelo menos 25% dos seus 254 mil empregados têm grau de doutor ou titulação equivalente.

Lee, é considerado o máximo diretor do Grupo Samsung além de presidente do ramo de eletrônica, acumula títulos no valor de cerca de 11,48 trilhões de wons (US$ 10,130 bilhões), o que representa 13,6% mais que em 2014 e lhe mantém à frente da lista anual elaborada pela analista de mercado “Chaebul.com”, voltou a ser em 2015 o acionista mais rico da Coreia do Sul, segundo os dados publicados em 19 de outubro de 2015 por essa companhia de análise financeira.

O magnata do gigante tecnológico sul-coreano é seguido de perto pelo presidente da multinacional de cosmética AmorePacific, Suh Kyung-bae, que possui 9,67 trilhões de wons em ações (US$ 8,619 bilhões), 47,5% mais que em 2014.

Casado e pai de três filhos, todos eles trabalhando na Samsung e sendo preparados para integrar a linha de sucessão do grupo assim que Kun-hee se aposentar, o poderoso chefão da empresa sul-coreana é o principal responsável pelos negócios da marca há 25 anos. Hoje a empresa é 39 vezes maior do que quando ele a assumiu, em 1987, e responde por nada menos do que 20% do PIB da Coreia do Sul.

O presidente da Samsung Electronics, de 73 anos sofreu um infarto no dia 10 de maio de 2014 e foi hospitalizado para receber um tratamento de reanimação cardiopulmonar.

Seu único filho homem, Lee Jae-yong (também conhecido como Jay-yong), de 47 anos, assumiu o grupo e desde então os rumores sobre uma substituição definitiva foram constantes nos meios de imprensa sul-coreanos.

Jae-yong ocupa, além disso, o terceiro posto na lista dos acionistas mais ricos da Coreia do Sul, com 8,66 trilhões de wons (US$ 7,591 bilhões), o que representa um aumento de 145,3% em comparação à 2014.

(Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/10 – ECONOMIA / NOTÍCIA / Da EFE – 19/10/2015)

(Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral – ECONOMIA – E & N – Choe Sang-Hun/ The New York Times – O Estado de S. Paulo – 26 Abril 2012)

 

 

 

 

 

A hora da virada

Embora os números certamente qualifiquem Lee Kun-hee como um dos executivos mais importantes da história da indústria, isso não significa que ele esteja imune a uma série de controvérsias que marcaram a sua carreira. Acusações de corrupção, escândalos envolvendo desvios de dinheiro e batalhas judiciais intermináveis fizeram dele um homem temido por muitos.

Lee Kun-hee um dos executivos mais importantes da história da indústria (Fonte da imagem: Reprodução/The Verge)

Lee Kun-hee um dos executivos mais importantes da história da indústria (Fonte da imagem: Reprodução/The Verge)

 

Sob o seu comando, seis anos depois de ele assumir, a empresa promoveu uma verdadeira transformação, mudando desde a logo até os valores e a filosofia de trabalho. “Mudem absolutamente tudo, menos a esposa e os filhos”, teria dito à época aos funcionários do grupo. A aposta ousada, como percebemos anos depois, se mostrou uma decisão acertada.

Àquela época, o modelo da indústria de eletrônicos eram as eficientes companhias japonesas. Lee se inspirou no Ocidente para trazer para a Samsung o melhor dos dois lados do planeta, adotando incentivos para os funcionários baseados em méritos, além de compensações financeiras e promoções quando necessário. Somado a isso, manteve a qualidade característica das linhas de produção japonesas.

Gênio ou vilão?

Entretanto, nem tudo é perfeito nos bastidores da companhia. Um livro chamado “Think Samsung”, escrito por um ex-diretor da companhia, trouxe à tona alguns aspectos da corrupção pessoal de Lee Kun-hee. Ele teria desviado pelo menos US$ 10 bilhões das subsidiárias da Samsung, destruído as evidências e pago a membros do alto escalão do governo para que eles permanecessem em silêncio quanto a isso.

A reação à obra dividiu a Coreia do Sul. A mídia se recusou a dar muita atenção para o fato e muitos defenderam que atacar a companhia que é um dos orgulhos do país seria um insulto. Entretanto, após o escândalo, em 2008, Lee Kun-hee se demitiu da Samsung, sendo indiciado e considerado culpado por apropriação indébita e sonegação de impostos.

Apesar de ter sido condenado a uma pena de sete anos de prisão e multa de US$ 350 milhões, um recurso permitiu que ele cumprisse apenas três anos e meio de suspensão e se livrasse das acusações pagando “apenas” US$ 100 milhões de multa – o equivalente a menos de 2% do seu patrimônio.

Meses depois, Lee Kun-hee voltou à presidência da empresa e intensificou seu trabalho no Comitê Olímpico Internacional, organização da qual ele é membro e lidera um movimento para que a cidade de Pyeonchang, na Coreia do Sul, sedie as Olimpíadas de Inverno de 2018.

Gênio ou vilão, Lee Kun-hee tem os seus méritos por transformar uma companhia que era tida como “apenas uma entre tantas” em uma das mais rentáveis e lucrativas empresas do novo século. Até onde ela pode chegar é difícil dizer, entretanto não é nenhum exagero afirmar que, assim como tantos outros, Kun-hee já escreveu o seu nome na história.

(Fonte: http://www.tecmundo.com.br/samsung/33963- EMPRESAS E INSTITUIÇÕES – SAMSUNG/ POR WIKERSON LANDIM – 11 DEZ 2012)

(FONTE(S) The Verge – Business Week – Forbes – NY Times)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Samsung

Em 1938, na Coreia do Sul, Byung-Chull Lee acumulava investimentos em plantações de arroz e estudos em economia, quando resolveu abrir a Samsung Trading Company com uma verba um tanto quanto limitada. Agora, pasme! O negócio não tinha nada a ver com tecnologia: tratava-se de uma pequena loja de importação e exportação de produtos como peixe desidratado, vegetais e macarrão. O nome escolhido vem da junção de “sam”, que em coreano quer dizer “três”, e “sung”, que remete a estrela.

Na Coreia do Sul, o número tem significado associado a “grande, vasto e forte”. Chamar o negócio de Samsung parecia perfeito. As três estrelas, aliás, ficaram associadas à marca até 1993, quando foi criado o emblema em azul. Somente em 1969 a Samsung Eletronics surgiu, e o primeiro produto foi uma televisão em preto e branco. Rapidamente, o negócio se expandiu e, em 1992, tornou-se a maior fabricante de chips de memória e discos de armazenamento pra PCs. Foi Lee Kun-hee, filho de Byung-Chull, que fez a marca ser internacionalmente reconhecida.

(Fonte: https://www.bol.uol.com.br/listas – Conheça as histórias de gigantes da tecnologia / Colaboração para o BOL – 01/02/2019)

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