Laura Allende, ex-deputada socialista no governo de seu irmão, o ex-presidente Salvador Allende

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Longe da pátria, morre no exílio

Laura Allende Gossens (Valparaiso, 3 de setembro de 1911 – Havana, Cuba, 23 de maio de 1981), ex-deputada socialista no governo de seu irmão, o falecido ex-presidente chileno Salvador Allende (1978-1973).

Laura foi eleita deputada pelo sétimo agrupamento departamental de Santiago para o período de 1964-1969 e 1969-1973 e reeleito para 1973-1977.

Em novembro de 1974 , ela foi presa junto com sua filha Marianne. Posteriormente expulsos do país, estabelecendo-se no México e de 1976 até sua morte em Cuba.

O maior desejo de Laura Allende era morrer em seu país, o Chile. Para conseguir isso ela chegou até mesmo a retirar-se da campanha que o Partido Socialista movia, do exílio, contra o governo do presidente Augusto Pinochet (1915-2006), instalado no poder desde o golpe militar de setembro de 1973.

Laura Allende tinha esperança de que Pinochet, com isso, consentisse em seu regresso. Em vão. No último dia 23 de maio, aos 69 anos de idade e consumida por um câncer generalizado, ela jogou-se do 18.º andar do Hotel Riviera, em Havana, Cuba, onde vivia exilada desde 1975.

Em seu quarto foi encontrada uma carta onde explicava, numa frase apenas, seu suicídio: “Não posso continuar esperando”. Esta não foi a única tragédia da família. Depois da morte de Salvador Allende, em 1973, uma de suas filhas, Beatriz, já havia-se suicidado no exílio em Havana, em 1977, aos 37 anos de idade.

Um neto de Laura, por sua vez, morreu de meningite aos 5 anos de idade, também em Cuba e longe do pai, Andrés Pascal, único membro da família que parece viver no Chile – mas na clandestinidade absoluta e com os órgãos de segurança em seu encalço.

 

(Fonte: Veja, 3 de junho de 1981 – Edição 665 – EQUADOR – Pág: 44)

 

 

 

 

 

 

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