Larry Coryell, guitarrista de jazz norte-americano, um dos mais destacados representantes do estilo fusion

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Larry Coryell, guitarrista pioneiro do jazz fusion

Larry Coryell, em 2013, quando se apresentou no Petrópolis Jazz & Blues Festival - (Foto: Divulgação)

Larry Coryell, em 2013, quando se apresentou no Petrópolis Jazz & Blues Festival – (Foto: Divulgação)

 

Dono de técnica brilhante, músico gravou em 1992 com Dori Caymmi

Larry Coryell (Galveston, 2 de abril de 1943 – Nova York, 19 de fevereiro de 2017), guitarrista de jazz norte-americano, um dos mais destacados representantes do estilo fusion

Dono de uma técnica brilhante, Larry Coryell trouxe para o jazz elementos do blues, do rock e do country, além de uma sonoridade elétrica potente, sem medo da distorção e da psicodelia. Por suas inovações, em trabalhos solo e com grandes músicos, como Miles Davis, Gary Burton, Alphonse Mouzon e Chet Baker, é tido como um dos pioneiros do fusion, ponto de encontro entre o jazz e o rock.

Nascido em Galveston e criado em Seattle, Coryell começou a estudar guitarra ainda na adolescência, inspirado por mestres do jazz como Barney Kessel. Em 1965, largou a faculdade de jornalismo e mudou-se para Nova York, para tentar a sorte como músico. Seus primeiros trabalhos foram na banda do baterista Chico Hamilton, na do flautista Herbie Mann (em especial, no disco “Memphis Underground”, de 1969) e na do vibrafonista Gary Burton.

Em 1970, Larry Coryell lançou “Spaces”, seu álbum solo mais conhecido, e que, segundo estudiosos, ajudou a dar as bases para o fusion (bem como o trabalho que fez com as suas bandas The Free Spirits, Foreplay e Eleventh House). Em 1975, ele trocou a guitarra elétrica pelo violão acústico, em formações que incluíram violonistas do calibre de John McLaughlin e Paco de Lucía. Mais tarde, Coryell gravou também com gigantes do jazz como Charles Mingus e Sonny Rollins.

Larry Coryell, guitarrista pioneiro do jazz fusion| (Foto: Heidis Jazz Club/ Reprodução)

Larry Coryell, guitarrista pioneiro do jazz fusion| (Foto: Heidis Jazz Club/ Reprodução)

As ligações do guitarrista americano com o Brasil se notabilizaram quando ele gravou em 1992 o álbum “Live from Bahia”, no qual Dori Caymmi participou como cantor.

Em 1993, quando veio tocar pela primeira vez no Rio de Janeiro, no Heineken Concerts, como baixista Nico Assumpção, Larry Coryell revelou, em entrevista ao GLOBO, ter entrado em contato com a música brasileira em 1978, pelas mãos do violonista Laurindo de Almeida, que lhe apresentou a composições de Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga e Radamés Gnatalli: “Foi uma educação musical para mim. Eram músicas sofisticadas, difíceis de tocar.”

O guitarrista voltaria outras vezes ao Brasil, a última delas em 2013, quando foi grande atração do Petrópolis Jazz & Blues Festival.

Larry Coryell morreu em Nova York, em 19 de fevereiro de 2017, aos 73 anos. Seu agente, Kurt Nishimura, disse que ele estava em seu quarto de hotel no momento do falecimento, que se deu por causas naturais. Coryell tinha acabado de fazer dois shows no clube Iridium, na sexta e no sábado.

Sua morte ocorre a algumas semanas do lançamento de “Seven secrets”, novo disco com o Eleventh House, que sai dia 2 de junho e que ele ia divulgar com uma série de shows.

(Fonte: Zero Hora – ANO 53 – N° 18.709 – 24 de fevereiro de 2017 – TRIBUTO – Pág: 35)

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/musica  – CULTURA – MÚSICA/ POR SILVIO ESSINGER – 21/02/2017)

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