Krzysztof Kieslowski, cineasta, sua obra está repleta de filmes com argumentos despretenciosos

0
Powered by Rock Convert

Kieslowski: inúmeros prêmios, mas nenhum Oscar

Krzysztof Kieslowski (Varsóvia, 27 de junho de 1941 – Varsóvia, 13 de março de 1996), cineasta francês. Um diretor com uma sensibilidade impressionante. Seus filmes descrevem os relacionamentos humanos da melhor meneira que um filme pode expressar. Estudou cinema na Escola de Teatro e Cinema de Lodz, por onde também passaram os cineastas Roman Polanski e Andrzej Wajda. Sua obra está repleta de filmes com argumentos despretenciosos, mas que em suas mãos são transformados em obras primas.

Autor da belíssima trilogia A Liberdade É Azul, A Igualdade É Branca e A Fraternidade É Vermelha, era considerado um inovador do cinema atual. Kieslowski começou sua carreira fazendo documentários para a televisão polonesa e só passou a ser notado no cenário internacional quando Não Matarás foi premiado em Cannes, em 1988. Ele fez também A Dupla Face de Véronique, ganhou inúmeros prêmios mundo afora, mas nenhum Oscar. Kieslowski faleceu no dia 13 de março de 1996, aos 54 anos, de enfarte, em Varsóvia, na Polônia.
(Fonte: Veja, 20 de março de 1996 – ANO 29 – N° 12 – Edição n° 1436 – DATAS – Pág; 102)

A carreira de Kieślowski se divide entre a fase polonesa e a francesa. Depois de concluir a faculdade, o jovem diretor começa a produzir documentários. A vida dos trabalhadores e dos soldados era o foco principal desses filmes. A narrativa dos documentários passa a influenciar os primeiros filmes de ficção do diretor. “A Cicatriz”, “Blind Chance” e “Amador” são exemplos desse estilo.

Mais tarde, Krzysztof Kieślowski realizou para a Televisão Polonesa uma série de filmes baseados nos Dez Mandamentos (chamada Decálogo) – um filme por mandamento, todos tratando de conflitos morais. Dois deles foram posteriormente produzidos, transformados em longa-metragens: Não Matarás e Não Amarás. A forma de contar a história muda nesta fase. O diretor passa a usar uma quantidade mínima de diálogos, concentrando-se no poder da imagem e das cores. As palavras são substituídas por uma poesia imagética.

O cineasta aprimora seu estilo ao realizar seus próximos filmes. Os quatro últimos filmes do diretor foram realizados através de uma produção francesa: “A dupla vida de Veronique” (estrelando Irène Jacob) e a Trilogia das Cores (A liberdade é azul, A Igualdade é Branca e A Fraternidade é Vermelha). A trilogia das cores foram filmes os quais deram um maior sucesso comercial ao diretor. São baseados nas cores da bandeira francesa e no slogan da revolução do país. O toque de Kieslowski está na sua representação das palavras liberdade, igualdade e fraternidade e na forma que as cores dão o ambiente psicológico da história. Outro ponto interessante é reparar no cruzamento de elementos em comum entre os três filmes.

Depois do último filme da trilogia o diretor anunciou a sua aposentadoria devido ao fato de estar cansado de fazer cinema. Porém, começa a escrever o roteiro da trilogia “Paraíso, Purgatório e Inferno”, baseada na Divina Comédia de Dante Alighieri. Kieślowski morre em 1996, aos 54 anos, sem concluir esses filmes. Em 2002, Tom Twyker filma o roteiro de “Paraíso”, idealizado pelo diretor polonês.
(Fonte: www.trixxx.com.br)

Powered by Rock Convert
Share.