Karl von Frisch, etólogo que decifrou a linguagem das abelhas

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Frisch: linguagem da abelha

Karl Ritter von Frisch (Viena, 20 de novembro de 1886 – Munique, 12 de junho de 1982), etólogo, (cientista austríaco do “ethos”, isto é, dos hábitos e comportamentos), que decifrou a linguagem das abelhas. A etologia parte do pressuposto de que o comportamento dos animais é “um movimento de unidades complexas, tão exatamente previsível como outros movimentos de unidades complexas relacionadas, ou sejam, os processos físicos, químicos e biológicos”, podendo assim tornar-se uma ciência tão exata quanto a física, a química e a biologia.

Karl Von Frisch juntamente com Konrad Lorenz, que aplicou a etologia ao homem, considerando igualmente o pensamento como um processo natural, como os processos físicos e biológicos, ambos austríacos, e Nikolaas Tinbergen, holandês (seu irmão Jan ganhou o Nobel de Economia em 1971), introdutor de experiências para testar hipóteses complicadas sobre os animais, foram laureados com o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 1972, no dia 12 de outubro de 1973, pelo Real Instituto Carolinska de Estocolmo. Frisch faleceu dia 12 de junho de 1982, aos 95 anos, de câncer, em Munique.
(Fonte: Veja, 17 de outubro, 1973 – Edição 267 – DATAS – Pág; 16)

(Fonte: Veja, 24 de outubro de 1973 – Edição 268 – Animais e homens – Pág: 72)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Karl von Frisch
Zoólogo austríaco nascido em Viena, que estudando o comportamento das abelhas, fez importantes descobertas sobre os sentidos dos insetos e sua utilização pelos membros de uma sociedade para troca de informações. Morando em Munique, obteve o doutorado pela universidade local (1910) e trabalhou para o Zoologisches Institut der Universität München, onde publicou seus primeiros trabalhos sobre os peixes, provando,, por exemplo, que eles distinguem variações de brilho e de cor e demonstrando que sua audição é mais aguda que a do homem. Foi nomeado diretor do instituto de zoologia da Universidade de Rostock (1921) e, depois, do de Breslau (1923), cidade que mais tarde passou a pertencer à Polônia com o nome de Wroclaw. Voltando a Munique, onde foi professor na Universidade de Munique (1925-1946) e (1950-1958), ali permaneceu o resto da vida, à exceção de um breve período, durante a segunda guerra mundial, em que viveu em Graz, na Áustria.

Constatou, por exemplo, que as abelhas são capazes de utilizar a radiação solar como método de orientação, até mesmo quando o Sol não está visível (1949). Venceu o Prêmio Balzan (1963) por escrever Abelhas: Sua Visão, Senso Químico e Linguagem e A Dança das Abelhas, reunidos em Aus dem Leben der Bienen (1955), um pioneiro trabalho na química, audição e percepção visual de abelhas, demonstrando como estes animais comunicam-se e orientam-se. Confirmou que esses insetos embora tenham olfato semelhante ao humano, têm um paladar muito menos desenvolvido. Também observou que as abelhas comunicam ao resto da colméia a localização de um foco de alimento mediante dois tipos de movimentos rítmicos: a dança circular, para indicar que a comida se encontra num raio de menos de 75m, e a agitação violenta do abdome, que assinala distâncias maiores. Estudos posteriores detectaram sinais combinados, mais complexos. Dividiu igualmente o Prêmio Nobel em Fisiologia ou Medicina (1973), com o holandês Nikolaas Tinbergen (1907-1988), do Department of Zoology, University Museum, Oxford, e o austríaco Konrad Zacharias Lorenz (1903-1989), do Österreichische Akademie der Wissenschaften, Institut für vergleichende Verhaltensforschung, em Altenberg, por seus estudos integrados em comportamento animal, e morreu em Munique.
(Fonte: www.dec.ufcg.edu.br)

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