Jutahy Magalhães, deputado federal, ex-ministro e ex-senador.

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Filho de líder revolucionário, defensor da reforma agrária e inimigo de Antônio Carlos Magalhães

 

Jutahy Magalhães (Rio de Janeiro, 1930 – Salvador, 31 de janeiro de 2000), deputado federal, ex-ministro e ex-senador. Apesar de carioca, ele construiu toda a carreira política na Bahia, para onde se mudou ainda criança com a família.

 

Iniciou a vida pública como vereador da Ilha de Itaparica, aos 30 anos, e elegeu-se deputado estadual em 1962. Em 1971, quando era vice-governador da Bahia, rompeu com o então governador Antonio Carlos Magalhães. Com isso, tornou-se um dos principais adversários políticos do atual presidente do Senado.

 

O ex-senador Jutahy Magalhães (PSDB) era um dos últimos focos de resistência ao poder político do senador Antônio Carlos Magalhães na Bahia. Após 36 anos de vida pública, 23 deles às turras com ACM, Jutahy, carioca, filho de Juracy Magalhães – um dos líderes da Revolução de 30, nomeado por Getúlio Vargas interventor na Bahia por 15 anos, de 1930 a 1945.

 

Jutahy Magalhães mudou-se para a Bahia em 1930 e iniciou a carreira política em 1958, como vereador pela União Democrática Nacional na Ilha de Itaparica. Depois, elegeu-se seguidamente deputado estadual e federal.

 

Após a extinção dos partidos pelo Ato Institucional n.º 2, filiou-se à Arena e depois ao PDS, partido no qual apoiou Paulo Maluf nas eleições indiretas de 1985. Reelegeu-se ao Senado de 1978 a 1994, quando abandonou a vida pública, marcada pela defesa da reforma agrária e da demarcação de terras indígenas.

 

Defensor do parlamentarismo, negou apoio à legalização do Partido Comunista Brasileiro e sempre se pronunciou a favor da reforma agrária. Depois de passar pelo PMDB, em 1990, filiou-se ao PSDB.

 

Jutahy faleceu dia 31 de janeiro de 2000, vítima de complicações hepáticas decorrentes de um câncer no fígado, no Hospital Português de Salvador, aos 70 anos.

(Fonte: Veja, 9 de fevereiro de 2000 – ANO 33 – Nº 6 – Edição 1 635 – DATAS – LUPA – Pág; 100)

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/29/tributo – Edição n° 27 – TRIBUTO / 7 de fevereiro de 2000)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O ex-senador Jutahy Magalhães, 70 anos, morreu ontem no Hospital Português de Salvador, devido a complicações hepáticas. Dezenas de políticos acompanharam a cerimônia e solidarizaram-se com o deputado federal e ex-ministro Jutahy Júnior (PSDB-BA), filho de Magalhães.

Carioca, trazido para a Bahia com um ano pelo pai, Juracy Magalhães, Jutahy foi nomeado interventor do Estado por Getúlio Vargas, em 1930, e, durante anos, foi o principal ícone do juracisismo, uma das oligarquias políticas mais poderosas do Estado. Como herdeiro político do pai – hoje com 94 anos -, iniciou a carreira como vereador na Ilha de Itaparica, em 58, pela UDN.

Depois, chegou à Assembléia Legislativa. No início da década de 70, rompeu com o então governador Antonio Carlos Magalhães, liderando uma dissidência da antiga Arena e, logo após, em 74, Jutahy obteve uma cadeira na Câmara Federal. Na eleição seguinte, em 78, chegou ao Senado, de onde saiu em 94, quando abandonou a carreira parlamentar.

A grande guinada política de Jutahy ocorreu em 86, quando, junto ao clã do ex-governador Luís Vianna (outro cacique político da Bahia), entrou no PMDB para apoiar Waldir Pires, candidato ao Governo. Com a ajuda de Jutahy e Vianna, Pires impôs a maior derrota de ACM na Bahia: ganhou a eleição com uma frente de 1,5 milhão de votos para o candidato do senador, Josaphat Marinho.

Quando ACM retomou as rédeas do Estado, em 1990, Jutahy ainda teve forças políticas para influenciar na nomeação do filho para o Ministério do Bem-Estar Social no Governo Itamar Franco.

(Fonte: http://www2.uol.com.br/JC/_2000/0102 – SALVADOR – Jornal do Commercio – Recife – 01.02.2000)

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