Josep Maria Subirachs, esculpiu a Fachada da Paixão da Igreja da Sagrada Família de Barcelona.

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Foi um dos maiores escultores espanhóis contemporâneos

Josep Maria Subirachs (Barcelona, 11 de março de 1927 – Barcelona, 7 de abril de 2014), escultor e pintor catalão, que esculpiu a Fachada da Paixão da Igreja da Sagrada Família de Barcelona.

Nascido em março de 1927, ele foi um dos escultores catalães de maior prestígio na segunda metade do século 20, com uma ampla trajetória profissional. Autor de grandes intervenções públicas, criou em 1957 a Forma 212, a primeira obra abstrata colocada em um espaço público em Barcelona.

Com uma ampla trajetória, sobretudo centrada na realização de monumentos públicos, a obra-prima de Subirachs foi o desenho e escultura da Fachada da Paixão do Templo da Sagrada Família, em Barcelona. A obra foi muito criticada e contra ela se organizou uma manifestação em 1990.

Para esta missão, Subirachs morou no trabalho, numa pequena casa localizada na Sagrada Família, como já havia feito o lendário arquiteto Antoni Gaudí (1852-1926). A localização da moradia e que não lhe impusessem um estilo determinado foram as exigências de Subirachs para aceitar o trabalho, em 1986. Vinte anos depois, em 2005, ele deu por finalizada sua obra com mais de 100 figuras esculpidas em pedra e quatro portas de bronze, nas quais se recriam os dois últimos dias de Jesus com um expressionismo figurativo e dramático.

Outro marco de Subirachs foi “Forma 2012” (1957), primeira obra abstrata a ocupar um espaço público em Barcelona e a primeira de muitas intervenções públicas dele, como “Les Taules de la Llei” (1960), realizada na fachada da Faculdade de Direito da Universidade de Barcelona (UB) com Antoni Cumella; “Evocación Marinera” (1960), no bairro da Barceloneta, “Monument a Narcís Monturiol” (1963), e “Monument a Ramon Llull” (1976), em Montserrat.

É especialmente relevante o conjunto de 13 monumentais figuras, quatro portas de bronze e vários elementos decorativos realizados no santuário da Virgem do Caminho de León, obra que culmina etapa expressionista do escultor e é considerada um marco da escultura espanhola no século XX.

Subirachs não pôde estudar arquitetura por conta da condição financeira de sua família após a Guerra Civil Espanhola. Aos 14 anos começou a trabalhar na oficina de um dourador aficcionado por esculturas e, mais tarde, entre 1942 e 1947, foi aprendiz do escultor Enric Monjo, com quem aprendeu as técnicas do ofício.

Com uma bolsa para ampliar os estudos, viajou a Paris e depois para a Bélgica, dessa vez convidado pelo pintor Luc Peire, que descobriu suas obras no Saló d Octubre de Barcelona, encontro do qual Subirachs participou de 1949 a 1957.

Josep Maria Subirachs foi nomeado o artista catalão vivo mais importante do século XX, numa pesquisa realizada por vários meios de comunicação em 1997. Acadêmico de Belas Artes desde 1990, recebeu alguns dos principais prêmio da Espanha, como a medalha da Universidade Autônoma de Barcelona e a medalha de ouro do Fundo Internacional de Pintura de Barcelona.

Mas sua grande obra foi o desenho e escultura da fachada da Paixão da Sagrada Família de Barcelona. Ele recebeu a encomenda em 1986 e só considerou o trabalho finalizado em 2005, depois de ter esculpido mais de cem figuras em pedra e realizado quatro portas de bronze, que recriam os últimos dias de Jesus.

O trabalho no templo recebeu críticas de alguns colegas de profissão, que preferiam manter a basílica da maneira como foi deixada por Gaudí, seu autor.

Subirachs não resistiu a uma longa doença neurodegenerativa, e morreu em 7 de abril de 2014, na capital catalã, aos 87 anos.

(Fonte: Zero Hora – ANO 50 – N° 17.713 – TRIBUTO – 10/04/2014)
(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura – EL PAÍS – MADRI — 8/04/14)

 

 

 

 

Foi um dos maiores escultores espanhóis contemporâneos

Delírios de pedra

(Fonte: Veja, 25 de julho de 1990 – ANO 23 – Nº 29 – Edição 1140 – ARTE – Pág: 102/103)

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