José Carlos Burle, compositor, ator, produtor e diretor de cinema brasileiro

0
Powered by Rock Convert

José Carlos Queiroz Burle (Recife, 19 de julho de 1910 – Atibaia, 23 de outubro de 1983), compositor, ator, produtor e diretor de cinema brasileiro.

Um dos fundadores da Cinematográfica Atlântida, berço das chanchadas dos anos 40 e 50. Fez a letra da popularíssima Meu Limão, meu Limoeiro, para uma melodia do folclore americano.

Nascido em Pernambuco em 1910, José Carlos Burle era filho de usineiro. Pressionado pelos pais, formou-se médico no Rio de Janeiro, chegando a exercer a profissão, mas sem regularidade. Durante dois anos (1936-1938) escreveu uma coluna para o Jornal do Brasil inicialmente batizada Radiotelefonia e depois Rádio.

Para a coluna, escrevia textos sobre cinema e abordava os problemas da música popular. Esse foi o começo tímido de quem viria a ser um dos principais nomes do cinema nacional. O livro ‘José Carlos Burle – Drama na Chanchada’, de Máximo Barro, conta o percurso profissional do fundador da Atlântida Cinematográfica Brasileira e descobridor de muitos talentos.

José Carlos Burle faleceu em 23 de outubro de 1983, aos 73 anos, de enfisema pulmonar, em Atibaia, São Paulo.

(Fonte: Veja, 9 de novembro de 1983 – Edição 792 – DATAS – Pág: 113)

(Fonte: https://www.livrariacultura.com.br – LIVRARIA CULTURA – LIVROS / BIOGRAFIAS)

 

 

 

 

 

 

José Carlos Burle dirige chanchada de primeira linha

Há alguns dias passou um filme do José Carlos Burle sério: “Também Somos Irmãos”. Hoje, temos um pouco do Burle gaiato, com “Carnaval Atlântida” (no Canal Brasil, às 19h30).

Mas, vamos ver, também é sério. Lá, um produtor pretende filmar a história de Helena de Tróia, com a ajuda de um doutor professor de grego (Oscarito). Mas é no Brasil que estamos, aliás, no Rio de Janeiro. E o que vai sair é uma chanchada mesmo.

Uma chanchada de primeira linha, diga-se, onde aparecem em grande estilo Grande Otelo e Colé, além de Cyll Farney (galã), Eliana (mocinha), José Lewgoy (vilão).

Parafraseando Paulo Emilio, pode-se dizer que este filme é um produto de nossa capacidade criativa de não copiar.

Burle sabia bem o que fazia: como em outras ocasiões, seu filme enfatiza o valor da produção popular, não contra o erudito, mas contra o pedantismo. O público mais simples entendia bem o que o “Carnaval Atlântida” queria dizer.

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada – FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA / Crítica / POR INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA – São Paulo, 09 de julho de 2007)

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados.

Powered by Rock Convert
Share.