Jorge Edwards, escritor chileno ganhador do prêmio Cervantes em 1999, próximo de Pablo Neruda e autor do livro “Persona Non Grata”, no qual narra seu desencanto com a Revolução Cubana

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Escritor chileno Jorge Edwards

(Arquivo) O escritor chileno Jorge Edwards em Santiago, em 11 de agosto de 2017 (© Martin BERNETTI)

 

Jorge Edwards, escritor chileno ganhador do prêmio Cervantes em 1999, próximo de Pablo Neruda e autor do livro “Persona Non Grata”, no qual narra seu desencanto com a Revolução Cubana.

Nascido em Santiago em 1931, Edwards estudou na Escola de Direito da Universidade do Chile e fez estudos de pós-graduação na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos.

Exerceu o cargo de diplomata de carreira entre 1957 e 1973, em Paris, Lima e Havana, destino este que o marcaria de maneira especial. Seu último posto na diplomacia chilena foi o de embaixador em Paris, entre 2010 e 2014, durante o primeiro mandato do ex-presidente conservador Sebastián Piñera.

Em 1971, Edwards passou três meses na capital cubana para abrir a embaixada do Chile em representação do governo de Salvador Allende, um dos primeiros a restabelecer laços diplomáticos com o regime de Fidel Castro.

O duplo ofício de diplomata e escritor permitiu que Edwards estivesse em contato com escritores da ilha, que lhe relatavam o contrário da versão oficial.

Edwards nunca foi expulso oficialmente, mas deixou Cuba antes do previsto e seguiu para Paris, após ser requisitado por seu amigo Pablo Neruda, o novo embaixador.

Entre os anos 1957 e 1973 exerceu o cargo de diplomata em Paris, Lima e Havana, tendo frequentado as altas rodas do poder latinos. Tomou rum com Fidel Castro, deliberou com Pablo Neruda (1904-1973) na embaixada chilena em Paris, onde o poeta era o titular, e almoçou na companhia do presidente Salvador Allende (1908-1973) às vésperas da posse deste.

O último posto de Edwards como diplomata foi o de embaixador em Paris, entre 2010 e 2014, durante o primeiro mandato do ex-presidente chileno Sebastián Piñera.

Nesses encontros diplomáticos, teve desilusões políticas que rondaram obras como “A Origem do Mundo”. Seu trabalho como escritor consiste em mais de 20 títulos, entre antologias de contos, romances, ensaios, perfis biográficos e memórias. “Toda ficção autêntica tem elementos autobiográficos”, disse o escritor à Folha, em 2014, durante entrevista na sede da embaixada do Chile em Paris.

Jorge Edwards faleceu na sexta-feira (17) em Madri, aos 91 anos, informou seu filho à AFP.

“Morreu há algumas horas” em Madri, disse o filho, que também se chama Jorge Edwards e falou por telefone de Santiago, no Chile. “Foi basicamente a diabetes que progrediu e produziu um estado de saúde que o levou à internação no fim de semana e depois, assim que voltou para casa, ele faleceu”, acrescentou.

“Perdemos um romancista excepcional, um ensaísta corajoso e um jornalista atento a todas as camadas da atualidade. Sentiremos falta de sua vitalidade e moral elevado”, escreveu no Twitter o Instituto Cervantes.

(Crédito: https://www.msn.com/pt-br/entretenimento/noticias – ENTRETENIMENTO/ NOTÍCIAS/ História por AFP – 17/03/23

(Crédito: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – Folha de S.Paulo / NOTÍCIAS/ BRASIL/ SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – 18/03/23)

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