Joaquín Balaguer, ex-Presidente da República Dominicana

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APESAR DO GOSTO PELO PODER O TER LEVADO A PENSAR RECANDIDATAR-SE À PRESIDÊNCIA EM 2000, O SEU ESTADO DE SAÚDE AGRAVADO IMPEDIU-O DE CONCRETIZAR O SEU DESEJO

Joaquin Balaguer (Foto: EPA)

Joaquin Balaguer (Foto: EPA)

Joaquín Balaguer (Villa Navarrete, província de Santiago, 1º de setembro de 1906 – Santo Domingo, República Dominicana, 14 de julho de 2002), antigo Presidente da República Dominicana que durante um quarto de século governou o país com uma mão de ferro

Nascido a 1º de setembro de 1906, em Villa Navarrete, província de Santiago, Joaquin Amparo Balaguer Ricardo, deixou as primeiras marcas na política em cargos administrativos, tendo-se tornado, pouco a pouco, um dos homens fortes do Governo do ditador Leonidas Trujillo, entre 1930 e 1961.

O dirigente do partido Reformista Social exerceu sete mandatos presidenciais a partir da década de 60. Sob o objetivo de “levar o país para o caminho da democratização política”, Balaguer é forçado ao exílio em Nova York, em 1962, quando se vive na República Dominicana um clima de tensões políticas e revoltas civis.

Em abril de 1965, quando ainda se encontra exilado, os Estados Unidos mobilizam 42 mil soldados para Santo Domingo para controlar um movimento contestatário de civis e militares a favor do Presidente Juan Bosch (esquerda), derrubado em 1963.

Joaquín Balaguer (Foto: historiadominicana.blogspot.com)

Joaquín Balaguer (Foto: historiadominicana.blogspot.com)


Balaguer é repatriado de Nova York e propõe-se como candidato à Presidência, em plena ocupação norte-americana, chegando em 1966 ao poder como Presidente eleito.

Conhecido pelo seu estilo autoritário e repressivo, dirige o país com uma mão de ferro e é reeleito para os mandatos de 1970-74, 1974-78, 1986-90, 1990-94 e 1994-96, através de eleições consideradas sistemeticamente pela oposição como fraudulentas.

Balaguer é apenas afastado do poder entre 1978 e 1986 pelos Governos sociais-democratas de Antonio Guzman, que acaba por se suicidar no final do seu mandato, e de Salvador Jorge Blanco, que será posteriormente condenado por corrupção. 

As acusações de fraude durante o escrutínio de 1994, sustentadas por observadores e organismos internacionais, tiveram um impacto inportante sobre a opinião pública dominicana e Balaguer fica a braços com ameaças de revoltas populares.

Sob a pressão de Washigton, aceita abandonar mais uma tentativa de candidatura à presidência da República Dominicana e termina em 1996 o seu sétimo mandato, antes dos quatro anos previstos em funções.

Apesar do seu estado de saúde ter vindo a deteriorar-se, Joaquin Balaguer tenta, mais uma vez, chegar ao poder em 2000, mas o fato de nos últimos anos ter perdido a audição, visão e não conseguir permancer de pé mais de dez minutos impede-o de ir em frente.

Balaguer foi hospitalizado a 4 de julho último na sequência de hemorregias de duas úlceras no estomâgo na clínica Abreu em Santo Domingo, a capital da República Dominicana.

Joaquín Balaguer morreu em 14 de julho de 2002, aos 95 anos, vítima de um ataque cardíaco na clínica onde se encontrava hospitalizado em estado crítico há vários dias.

(Fonte: http://www.publico.pt/mundo/noticia -161662 – MUNDO – 14/07/2002)

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