Jean-François Champollion, egiptologista francês, fundador da Egiptologia

0
Powered by Rock Convert

PEDRA DECIFRADA

Na tarde do dia 14 de setembro de 1822, Jean-François Champollion (Figeac, 23 de dezembro de 1790 – Paris, 4 de março de 1832) descobriu um novo mundo, o Antigo Egito. Gritando “eu o domino, eu o domino”, ele entrou no escritório de seu irmão, em Paris, tendo nas mãos a resolução de um problema. Jean-François estava obcecado pelos hieroglifos egípcios. Ninguém entendia essa língua, morta havia 15 séculos.

Champollion se baseou numa pedra, encontrada em 1799, em Rosetta, no Delta do Nilo. Era um pedaço de basalto negro, com vários conjuntos de símbolos e palavras, um deles em grego e outro em hieroglifos. Champollion ficou meses debruçado sobre uma cópia da pedra, comparando o grego e os hieroglifos. Até que, naquela tarde de 1822, descobriu a solução e iniciou a tradução dos textos escritos nas tumbas, templos e pirâmides de uma civilização nascida 5 000 anos antes.
(Fonte: Super Interessante – ANO 9 – Nº 4 – Abril de 1995 – Dito & Feito – Pág; 90)

Jean-François Champollion, egiptologista francês, fundador da Egiptologia e cujos estudos e métodos pioneiros foram fundamentais para a atividade de outros estudiosos das escritas antigas como a leitura dos hieróglifos hititas, pelo tcheco Friedrich Hrozny, e o deciframento da escrita micênica, pelo inglês Michael Ventris.

Se hoje conhecemos um pouco mais da história egípcia, devemos a esse grande homem chamado Jean-François Champollion que nasceu em Figeac na França em 23 de dezembro de 1790 e morreu em Paris no dia 4 de março de 1832. Ele foi um linguista francês que tinha por objetivo decifrar os tais Hieróglifos egípcios e praticamente com recursos zero, conseguiu tal façanha. Seu pai era bibliotecário e por isso o gosto pela leitura veio ainda quando Champollion era novo. Nessa época, ele já mostrava muita intimidade com outras línguas e tinha facilidade de aprende-las.

Champollion aprendeu várias línguas, como latin, grego, árabe e hebraico, mas a língua que deu a base para sua jornada foi o copta, que era a língua utilizada pelos cristãos egípcios no período tardio. Ainda na adolescência Champollion conseguiu obter uma cópia da Pedra de Rosetta e depois desse dia começou um desafio que terminaria com a decifração dos hieróglifos egípcios. Com seus estudos, Champollion sabia que no antigo Egito existia três sistemas de escrita. Hieróglifo, Hierático e Demótico. Os dois últimos eram escritas cursivas que derivavam dos hieróglifos.

Na época, havia outros estudiosos tentando decifrar os Hieróglifos egípcios. Foi em cima dos estudos de Thomas Young que Champollion começou a expandir seus conhecimentos. A base dos estudos até então era a ligação do nome de Ptolomeu que aparecia na Pedra de Rosetta e o nome de Cleópatra encontrado em um obelisco na ilha de Philae, que continha um texto em grego mencionando Cleópatra. Mas Champollion conseguiu ir além de todos e descobriu que o sinais egípcios também eram fonéticos (representavam sons) e essa foi a chave para a decifração.

Foi com essa dedicação e meta em decifrar os Hieróglifos que Champollion abriu as portas para os estudos do antigo Egito. 100 anos após a decifração dos hieróglifos, o mais belo tesouro arqueológico (tesouro de Tutankhamon – descoberto por Howard Carter) foi encontrado graças aos envolvidos terem conhecimento de como ler e interpretar os Hieróglifos. Champollion morreu aos 41 anos de idade, depois de ter ido ao Egito continuar seu trabalho e deixando um legado para os novos estudiosos.

(Fonte: http://antigoegito.org – Personalidades/ Por Lucas Ferreira – 19/10/2010)

Fontes / Referências:

– BAINES, John; MALIK, Jaromir. Cultural Atlas of Ancient Egypt. London: Andromeda Oxford Limited, 2004.

– ALLEN, J. P. Middle Egyptian: an introduction to the language and culture of hieroglyphs. Publisher: Cambridge University Press, 2001.

– BBC, Documentary. Chapter 6 – The Secrets of the Hieroglyphs (no Brasil: Capítulo 6 – O Segredo dos Hieróglifos)

Sites / Referências:

– http://www.britishmuseum.org (The Rosetta Stone, British Museum)

– http://www.reshafim.org.il/ad/egypt/

– http://hieroglyphs.net

Powered by Rock Convert
Share.