Jean-Claude Pressac, ex-revisionista francês, farmacêutico e historiador amador.

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Jean-Claude Pressac (1944 – 23 de julho de 2003), ex-revisionista francês, farmacêutico e historiador amador.

Pressac teve acesso a documentos retirados do campo de extermínio pelas tropas de libertação soviéticas e mantidos em segredo em Moscou durante mais de quarenta anos. Os documentos mostram como funcionava a máquina de genocídio e destroem a corrente que nega o Holocausto.

São principalmente cartas trocadas entre os comandantes do campo e os fornecedores de câmaras de gás e fornos crematórios em que se discute o preço dos equipamentos e sua eficácia. Os documentos foram preservados graças ao orgulho do tenente engenheiro Werner Jothann, um dos construtores de Auschwitz. Não diretamente envolvido na matança, Jothann fugiu antes da chegada das tropas aliadas deixando intocados os documentos relativos à construção e à ampliação do campo de extermínio. Os fornos construídos pela empresa Topf & Sohne, de Erfurt, foram ampliados a ponto de poder dizimar 1 250 corpos por dia – e até 2 200 em épocas de pico.

Segundo os documentos obtidos por Jean-Claude Pressac, o primeiro teste da morte coletiva pelo gás mortal Zyklon-B, em Auschwitz foi considerado um “desastre industrial” pelos nazistas. Os oficiais não sabiam ainda exatamente como o gás se espalhava nem qual a dosagem exata para encher a câmara com uma concentração letal.

Nos primeiros dias de dezembro de 1941 eles trancaram 300 prisioneiros soviéticos numa câmara e deixaram o gás escapar. A baixa concentração do componente letal, ácido cianídrico, e a presença de outras substâncias tóxicas mas não fatais no gás demoraram a matar os prisioneiros. Alguns agonizaram por dois dias, gritando desesperadamente.

Somente o ceticismo não explica a negação do Holocausto. O extermínio dos judeus é o genocídio mais cuidadosamente documentado de nosso tempo, um marco degradante do século XX tanto quanto a bomba atômica que os americanos jogaram sobre Hiroxima e oabatedouro soviético sob Stalin, cuja política de coletivização forçada custou a vida de 25 milhões de pessoas.

Himmler foi responsável pela divulgação e discurso secreto como o chefe das SS, gravou no dia 4 de outubro de 1943 na cidade polonesa de Poznam.

LINHA DE MONTAGEM – A tragédia dos judeus na II Guerra Mundial foi testemunhada por sobreviventes de ambos os lados, prisioneiros dos campos de extermínio e seus carrascos de baixa extração militar que escreveram diários dando detalhes dos horrores que presenciaram. Projetos de câmaras de gás e as próprias construções podem ainda ser vistos na Alemanha e na Polônia.

Há uma cópia de extraordinária nitidez do discurso secreto que Heinrich Himmler gravou. Pode-se ouvi-la nos Arquivos Nacionais, em Washington. No discurso, Himmler decreta “o extermínio do povo judeu” e proclama “o direito moral e o dever” de destruir os judeus. Himmler se permitiu falar sem eufemismos numa época em que pelo menos 5 milhões de judeus já haviam sido mortos e as forças nazistas venciam em quase todas as frentes. Como muitos impérios, o Terceiro Reich dava a seus membros a impressão de que fosse durar para sempre.

(Fonte: Veja, 16 de março de 1994 – Ano 27 – N° 11 – Edição 1331 – LITERATURA/ Por Eurípedes Alcântara – Pág; 122/123)

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