Janos Scholz, violoncelista, colecionador de arte e benfeitor da Biblioteca Pierpont Morgan, se apresentou no início de sua carreira com o Roth Quartet, cujos membros eram todos húngaros, e mais tarde com vários outros grupos

Janos Scholz, Violoncelista, Estudioso e Benfeitor da Biblioteca Morgan

Janos Scholz (20 de dezembro de 1903, em Sopron, Hungria – 3 de junho de 1993, em Nova Iorque, Nova York), violoncelista, colecionador de arte e benfeitor da Biblioteca Pierpont Morgan.

Em uma noite de 1977, Scholz, nascido na Hungria, deu um recital de violoncelo na Biblioteca Pierpont Morgan e em seguida anunciou que estava doando sua coleção de desenhos italianos.

O diretor da biblioteca na época, Charles Ryskamp (1928–2010), ​​disse então que a coleção Scholz era “certamente a melhor coleção particular de desenhos italianos da América e uma das melhores do mundo”.

‘Uma curiosidade onipresente’

A coleção é composta por mais de 1.500 obras que datam do final do século 14 ao século 18, incluindo exemplos de Leonardo, Rafael, Ticiano e Bellini.

John Russell, um crítico de arte do The New York Times, escreveu em 1977: “As propriedades de Scholz revelam uma curiosidade onipresente, não importa se o domínio em questão já está bem batido – a família Bellini (veja o maravilhado “Camelo” de Gentile), a família Tiepolo, a família Guardi – ou totalmente desconhecido.”

O Sr. Russell também observou que o Sr. Scholz teve a sorte de começar “a colecionar numa época em que um desenho de Durer poderia aparecer em uma livraria e ser oferecido a ele (assim ele nos diz) pelo preço de um bom jantar”.

Scholz comprou seu primeiro desenho em 1935, 25 anos antes de o interesse por desenhos começar a crescer. Ele fez essa compra no México, depois de ir de sua terra natal para os Estados Unidos em 1933.

‘A Suitcase and a Cello’

Ele lembrou em 1973 que havia chegado então aos Estados Unidos como músico de concerto em turnê “com nada além de uma mala e um violoncelo”, e disse que sempre quis que sua coleção ficasse em Nova York porque passou a sentir que era um nova-iorquino.

Ele também colecionava bronzes, livros raros, instrumentos musicais e desenhos de cenografias do barroco italiano.

Como violoncelista, Scholz se apresentou no início de sua carreira com o Roth Quartet, cujos membros eram todos húngaros, e mais tarde com vários outros grupos e por conta própria. Quando deu um recital de violoncelo no Town Hall em 1940, o crítico Olin Downes (1886–1955) no The New York Times elogiou “a beleza de seu tom, sua musicalidade e as finas proporções de suas interpretações”.

O Sr. Scholz nasceu em Sopron, no oeste da Hungria, e recebeu um diploma da Academia Húngara de Música em Budapeste. Em 1932, juntou-se ao Roth Quartet, que excursionou amplamente. Quando o grupo chegou aos Estados Unidos em 1933, a ascensão do fascismo na Europa levou seus membros a obter a cidadania dos Estados Unidos, e ele passou a residir em Manhattan.

O Sr. Scholz também doou obras de arte para o Metropolitan Museum of Art e outros museus.

Ele ministrou cursos de pós-graduação sobre a história do desenho italiano por alguns anos na Columbia University e na New York University.

O casamento de Scholz com Anne Bigelow Rosen em 1937 terminou em divórcio. Em 1955 ele se casou com a Sra. Schelling, que era viúva de Ernest Schelling (1876–1939), um maestro e compositor.

Janos Scholz faleceu na quinta-feira no Hospital Lenox Hill. Ele tinha 89 anos e morava no Upper East Side.
A causa da morte foi insuficiência cardíaca após um derrame, disse sua esposa, a ex-Helen Marshall Schelling.
(FONTE: https://www.nytimes.com/1993/06/06/arts – The New York Times/ ARTES/ Arquivos do New York Times/ Por Eric Pace – 6 de junho de 1993)
Sobre o Arquivo
Esta é uma versão digitalizada de um artigo do arquivo impresso do The Times, antes do início da publicação online em 1996. Para preservar esses artigos como eles apareceram originalmente, o Times não os altera, edita ou atualiza.