Jacek Kuroń, lendário líder da luta da oposição democrática contra o regime totalitário comunista e ministro do Trabalho no quarto governo democrático da Polônia

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Jacek Kuron, líder da luta contra o comunismo na Polônia

 

Jacek Jan Kuroń (Lviv, Ucrânia, 3 de março de 1934 – Varsóvia, Polônia, 17 de junho de 2004), grande figura da oposição anticomunista na Polônia. Foi lendário líder da luta da oposição democrática contra o regime totalitário comunista e ministro do Trabalho no quarto governo democrático da Polônia.

 

 

Kuron foi um dos fundadores do sindicato que conduziu à queda do comunismo, pois, ao serem deflagradas as greves operárias de 1980, incentivou os trabalhadores a criarem sua própria organização, que em apenas alguns meses conquistou cerca de 10 milhões de filiados.

 

 

Ele chegou à política como ativista juvenil do Partido Comunista polonês dedicado à formação de novos quadros, mas seu idealismo muito em breve o polarizou com o poder totalitário.

 

 

 

Em 1965, foi preso por ter enviado aos membros do partido, junto com seu companheiro Karol Modzelewski, uma carta aberta na qual criticara as deformações e defeitos do socialismo real.

 

 

 

Foi preso uma segunda vez por participar da organização de comícios e manifestações estudantis em março de 1968, quando os universitários poloneses protestaram contra a censura que proibiu a apresentação de uma peça de teatro que criticava a ditadura do império russo.

 

 

 

Kuron fundou em 1976 o Comitê de Defesa dos Operários (KOR), cuja missão era ajudar os trabalhadores de Varsóvia e Radom que participaram de manifestações e greves contra a alta dos preços determinada pelo governo.

 

 

 

Em 1977, assinou com outros 58 intelectuais poloneses uma carta aberta de protesto contra as intenções do poder de modificar a Constituição da Polônia mediante a incorporação em seu texto de uma norma que estabelecia a “amizade eterna com a União Soviética”.

 

 

 

Em 1980, ajudou a fundar o sindicato Solidariedade e, depois da proclamação da lei marcial pelo general Wojciech Jaruzelski, foi preso e, com pequenos intervalos, retido nas penitenciárias comunistas até as negociações da mesa-redonda em 1989.

 

 

 

Nas negociações da mesa-redonda, Kuron desempenhou um papel decisivo, já que foi o construtor dos mecanismos que tornaram possível a transição democrática na Polônia.

 

 

 

No início da década de 90, já na democracia, Kuron foi ministro do Trabalho no governo de Hanna Suchocka e, durante mais de 10 anos, foi o político que despertou mais confiança na população, inclusive quando a doença o obrigou a se retirar dessa atividade.

 

Jacek Kuron morreu em 17 de junho de 2004, aos 70 anos.

 

“Perdemos uma grande pessoa, um grande idealista que saiu da esquerda, mas que, justamente por seu idealismo, lutou com ela no poder porque não podia aceitar seus métodos nem objetivos”, disse o ex-presidente da Polônia e fundador do sindicato Solidariedade, Lech Walesa.

 

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2004/06/17 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – Varsóvia  (EFE).- 17 jun 2004)

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