Hugo Carvana, ficou conhecido do grande público na televisão interpretando personagens memoráveis.

0
Powered by Rock Convert

Hugo Carvana, ator, diretor, roteirista, ficou conhecido do grande público na televisão interpretando personagens memoráveis como o jornalista do seriado Plantão de Polícia, nos anos 80. Hugo Carvana ostenta no currículo quase 90 filmes, desde a época em que começou como figurante nas chanchadas da Atlântida, durante a década de 50.

Hugo Carvana de Holanda nasceu no dia 4 de junho de 1937, em Lins de Vasconcelos, na zona norte do Rio de Janeiro. É filho de Clóvis Elói de Holanda, comandante da Marinha Mercante, e de Alice Carvana de Castro, costureira. Iniciou sua carreira de ator em 1955, atuando como figurante no filme Trabalhou Bem, Genival, dirigido por Lulu de Barros. Figurou em várias produções até conseguir seu primeiro papel de destaque, no filme Esse Rio que Eu Amo (1960), sob a direção de Carlos Hugo Christensen, com Tônia Carreiro, Agildo Ribeiro e Daniel Filho.

Até o final dos anos 1950, Hugo Carvana atuou em diversas chanchadas, com diretores como Watson Macedo (Sinfonia Carioca e Carnaval em Marte) e Carlos Manga (Guerra ao Samba e Garotas e Samba). Em 1962, integrou o movimento do Cinema Novo, passando a trabalhar com seus principais diretores, como Ruy Guerra (Os Cafajestes e Os Fuzis), Paulo César Sarraceni (O Desafio), Leon Hirszman (A Falecida), Joaquim Pedro de Andrade (Macunaíma), Cacá Diegues (A Grande Cidade, Os Herdeiros e Quando o Carnaval Chegar) e Glauber Rocha (Câncer, O Leão de Sete Cabeças e Terra em Transe), entre outros.

Junto com o início de sua carreira no cinema, Hugo Carvana participou de diversos programas nas principais emissoras de televisão da época, entre os quais se destacam: Câmera Um e Falcão Negro, na TV Tupi; Teledrama do Canal 9, na TV Continental; Noite de Gala e Espetáculos Tonelux, na TV Rio. No teatro, integrou o Teatro de Arena de São Paulo (Revolução na América do Sul), o Teatro Nacional de Comédia (O Pagador de Promessas e Boca de Ouro) e o Grupo Opinião (Meia Volta Vou Ver e Se Correr o Bicho Pega).

Convidado por Daniel Filho, foi trabalhar na TV Globo em 1967, na novela Anastácia, a Mulher sem Destino, primeiro trabalho de Janete Clair para a emissora. Em seguida, deixou o trabalho na televisão para se dedicar ao cinema. Em 1973, dirigiu seu primeiro filme, Vai Trabalhar, Vagabundo, que ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Gramado. A comédia, escrita por Carvana e Armando Costa, teve a participação de Wilson Grey, Paulo César Pereiro e Odete Lara, além do próprio Carvana, no papel do malandro Dino.

O ator voltou a trabalhar na TV Globo em 1975, novamente convidado por Daniel Filho, desta vez para viver o personagem Jacaré, na novela Cuca Legal, escrita por Marcos Rey e dirigida por Oswaldo Loureiro. Ainda naquele ano, fez uma participação especial na novela Gabriela, adaptação de Walter George Durst para o romance de Jorge Amado. Logo depois, afastou-se do trabalho na televisão para produzir seu segundo filme, Se Segura, Malandro, lançado em 1978.

Voltou à TV Globo em 1979, aceitando um convite de Daniel Filho para protagonizar o seriado Plantão de Polícia, no qual interpretou o repórter policial Waldomiro Pena. O seriado teve 80 episódios e durou de maio de 1979 a outubro de 1981. Em seguida, o ator viveu o personagem Fonseca, na minissérie Quem Ama Não Mata, escrita por Euclydes Marinho e protagonizada por Marília Pêra e Cláudio Marzo. Na sequência, deixou mais uma vez a TV Globo para trabalhar em seu novo filme, Bar Esperança. Lançado em 1983, o filme teve Carvana como um dos autores e foi estrelado por Marília Pêra.

Nos dois anos seguintes, afastou-se da televisão e do cinema para assumir a vice-presidência da Fundação das Artes do Rio de Janeiro, durante o primeiro governo de Leonel Brizola no Estado do Rio de Janeiro. Em seguida, deixou o cargo para voltar a trabalhar como ator no filme Avaeté (1985), de Zelito Viana, e na novela Corpo a Corpo (1984), de Gilberto Braga, na qual viveu o empresário Alfredo Fraga Dantas. Logo depois, trabalhou nas novelas De Quina pra Lua (1985), de Alcides Nogueira, e Roda de fogo (1986), de Lauro César Muniz, antes de se afastar novamente para filmar Vai Trabalhar, Vagabundo 2 – A Volta (1991).

Hugo Carvana voltou à TV Globo em 1990, para viver o chefe de família Guilherme, na novela Gente Fina, escrita por Luiz Carlos Fusco e Marilu Saldanha. No ano seguinte, viveu o personagem Lucas em O Dono do Mundo, de Gilberto Braga. Em 1992, participou da novela De Corpo e Alma, escrita por Gloria Perez.

Ainda em 1992, o ator participou de As Noivas de Copacabana, minissérie escrita por Dias Gomes, Ferreira Gullar e Marcílio Moraes. Em 1993, trabalhou na minissérie Agosto, adaptação de Jorge Furtado e Giba Assis Brasil do livro de Rubem Fonseca. Logo em seguida, o ator viveu o personagem Numa, na novela Fera Ferida, de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares. Dois anos depois, fez par romântico com a atriz Arlete Salles, na novela Cara e Coroa, de Antonio Calmon. Nesse mesmo ano, participou da minissérie Engraçadinha… Seus Amores e Seus Pecados, adaptação de Leopoldo Serran da obra homônima de Nelson Rodrigues.

Em 1998, em outra novela de Antônio Calmon, Corpo Dourado, o ator viveu um velho comissário de polícia, parceiro do personagem vivido por Humberto Martins. Em 1999, faria de novo o papel de um jornalista, o Wagner, na novela Andando nas Nuvens, de Euclydes Marinho. Ainda naquele ano, foi o pianista Gouveia da minissérie Chiquinha Gonzaga (1999), de Lauro César Muniz.

Em 2001, lançou seu quinto filme, e o primeiro em que não acumulava a direção com a atuação como protagonista. O Homem Nu foi baseado no conto homônimo de Fernando Sabino, e estrelado por Cláudio Marzo.

Hugo Carvana voltou a participar de novelas em Um Anjo Caiu do Céu (2001), de Antonio Calmon. Em seguida, fez Desejos de Mulher (2002), de Euclydes Marinho, e Celebridade (2003), de Gilberto Braga, na qual representou o personagem Lineu Vasconcelos, cuja morte teve grande repercussão junto ao público.

Em 2003, lançou mais um filme, Apolônio Brasil, o Campeão da Alegria, protagonizado pelo ator Marco Nanini. O filme foi escrito e dirigido por Carvana. No ano seguinte, viveu o personagem Sinésio Paiva, na novela Como uma Onda, de Walther Negrão. E, em 2006, representou o empresário carioca Jorge Sampaio na minissérie JK, de Maria Adelaide Amaral, Geraldo Carneiro e Alcides Nogueira.

Em 2007, Hugo Carvana voltaria a viver um personagem malandro e simpático, o Belisário Cavalcanti, na novela Paraíso Tropical, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Pai do famoso empresário Antenor Cavalcanti (Tony Ramos), de quem recebe uma mesada – a despeito de manterem uma relação ruim –, Belisário é casado com Virgínia, vivida por Yoná Magalhães, sua companheira em pequenos golpes, que os dois aplicam para conseguir manter certo padrão de vida.

Em 2008, estreou na novela Três Irmãs, de Antonio Calmon, no papel de Dr. Andrade, um advogado competente e boa-praça.

Entre os mais de 60 filmes de Hugo Carvana no cinema estão: O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil (1971), escrito e produzido por ele; Quando o Carnaval Chegar (1972), de sua autoria; Toda Nudez Será Castigada (1973), de Arnaldo Jabor; Boca de Ouro (1990), de Walter Avancini; Vai Trabalhar, Vagabundo II (1991), como ator e diretor; e, mais recentemente, A Casa da Mãe Joana (2008), que dirigiu.

(Fonte: http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo)
(Fonte: http://www.terra.com.br/istoegente/59/entrevista – ENTREVISTA – Hugo Carvana/ Por Luís Edmundo Araújo)

Powered by Rock Convert
Share.