Hilary Mantel, conhecida por sua premiada trilogia histórica “Wolf Hall”, aborda a vida de Thomas Cromwell, da ascensão surpreendente das ruas de Londres para a corte de Henrique 8º, como primeiro-ministro

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Hilary Mantel, m estre da ficção histórica e autora da série ‘Wolf Hall’

Autora foi a primeira mulher a ganhar duas vezes o Man Booker Prize

(Crédito da foto: From The Redditch Advertiser / REPRODUÇÃO / DIREITOS RESERVADOS)

 

Hilary Mantel (Glossop, Derbyshire, 6 de julho de 1952 – Exeter, na Inglaterra, 22 de setembro de 2022), premiada escritora britânica de romances históricos, conhecida por sua premiada trilogia histórica “Wolf Hall”, sobre a ascensão e queda de Thomas Cromwell, ministro de Henrique VIII.

Mantel ganhou duas vezes o Man Booker Prize, um dos mais importantes do Reino Unido, por “Wolf Hall”, em 2009, e pela continuação “Tragam os corpos”, em 2012.

A trilogia histórica aborda a vida de Thomas Cromwell, da ascensão surpreendente das ruas de Londres para a corte de Henrique 8º, como primeiro-ministro. O último livro da série, “O espelho e a luz”, foi publicado em março de 2020, e ganhou o Prêmio Walter Scott de Ficção Histórica, que Hilary também ganhou com “Wolf Hall”.

A escritora britânica, conhecida pela premiada trilogia de ficção histórica Wolf Hall, foi uma das autoras mais celebradas do Reino Unido, venceu duas vezes um dos mais importantes prêmios de literatura britânicos Booker Prize, ambas por obras de Wolf Hall. A trilogia discorre sobre a vida de Thomas Cromwell, que ascendeu das ruas londrinas até o posto de primeiro-ministro na corte de Henrique VIII. A obra também foi adaptada para a TV na minissérie estrelada por Mark Rylance e Damian Lewis.

Mantel era considerada uma das principais autoras de língua inglesa, tendo recebido duas vezes o prêmio Booker, maior distinção literária do idioma, pelos dois primeiros livros da série “Wolf Hall”. Foi a primeira mulher premiada duplamente com o troféu.

A trilogia, composta por “Wolf Hall”, “Tragam os Corpos” e “O Espelho e a Luz” -que acabou sendo a última obra lançada por Mantel em vida, em 2020–, foi editada no Brasil recentemente pela Todavia.

Os livros tornaram Mantel referência absoluta no campo da ficção histórica ao engendrar a história de Thomas Cromwell, primeiro-ministro do rei Henrique 8º no século 16, com vigor de romance.

Hilary Mantel nasceu a 6 de julho de 1952, na localidade de Glossop, em Inglaterra. Formada em Direito pela Universidade de Sheffield, trabalhou como assistente social. Após o casamento com o geólogo Gerald McEwen, em setembro de 1972, o casal mudou-se para o Botswana, onde viveu durante cinco anos, e depois para a Arábia Saudita, onde permaneceu durante quatro, antes do regresso definitivo ao Reino Unido, em meados dos anos 80.

Autora de 12 romances e duas coletâneas de contos, Mantel é mais conhecida pela trilogia sobre a ascensão e queda de Thomas Cromwell, ministro de Henrique VIII, iniciada em 2009 com Wolf Hall. A saga foi continuada em 2012 com O Livro Negro e foi concluída em 2020 com O Espelho e a Luz.

Por altura da publicação de Wolf Hall, o crítico literário Christopher Taylor, que previu que o livro venceria o Booker Prize, descreveu-o como “escrito de forma lírica, mas ao mesmo tempo limpa e arrumada”, “imaginado de forma sólida, mas ao mesmo tempo com ressonâncias assustadoras e às vezes muito divertido”. “Não é parecido com nada do que existe na ficção contemporânea britânica”, declarou, salientando o facto de a escritora ter tornado Thomas Cromwell num “racionalista moderno com roupa renascentista”.

Considerada uma das grandes escritoras inglesas do século XXI, Mantel venceu duas vezes o Booker Prize, com os dois primeiros volumes da trilogia de Cromwell. Em 2018, foi finalista do Golden Booker, prémio criado para comemorar os 50 anos do galardão literário inglês, com Wolf Hallconsiderado pelo The Guardian o melhor livro do século XXI.

“Os detalhes superficiais são sensuais, vividamente imediatos, a linguagem fresca como um quadro acabado de pintar; mas a sua exploração do poder, destino e fortuna é também profundamente pensada e está constantemente em diálogo com a nossa era, já que somos moldados e criados pelo passado.  Neste livro, temos, como a autora intendeu, ‘um sentido de história que ouve e que conversa consigo própria”, referiu o jornal na altura.

Foi por duas vezes condecorada com a Ordem do Império Britânico por serviços prestados à literatura.

A Record já havia trazido outros livros da autora ao país, como “Além da Escuridão” e “O Assassinato de Margaret Thatcher”, além do volume que abriu sua trilogia mais famosa.

Mantel recebeu a ordem do Império Britânico pela sua contribuição à literatura e frequentava a lista de autores nobelizáveis há anos.

Hilary Mantel faleceu na quinta-feira 22 de setembro de 2022 aos 70 anos, em um hospital de Exeter, na Inglaterra, vítima de um derrame enquanto trabalhava, segundo anunciou a editora HarperCollins, que a publica em seu país. O comunicado diz que ela morreu de forma repentina e tranquila.

Mantel deixa o marido Gerald McEwen, com quem foi casada por quase 50 anos.

“Feroz, fabulosa e destemida”: “Perdemos um génio”

Políticos e escritores prestaram igualmente tributo a Mantel. A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, escreveu que é “impossível exagerar o significado do legado literário que Hilary Mantel Deixa. A sua brilhante trilogia Wolf Hall foi a coroa de ouro de um extraordinário corpo de trabalho”.

Maggie O’Farell, autora de Hamnetafirmou que o Reino Unido perdeu “outra monarca” com a morte da escritora. “Mantel era a rainha da literatura e o seu reino foi, tal como o de Isabel II, longo, variado e incontestável. Deixa um vácuo enorme que não é possível preencher, um profundo sentimento de perda para o público leitor e um imponente corpo de trabalho”, afirmou ao The Guardian, descrevendo Mantel como “feroz, fabulosa e destemida” como autora. No Twitter, J.K. Rowling escreveu simplesmente: “Perdemos um génio”.

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/cinema/noticias – CINEMA / NOTÍCIAS / por Folha de S.Paulo / SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – 23/09/2022)

(Fonte: https://www.omelete.com.br/quadrinhos – QUADRINHOS / HQ/LIVROS / por MARIANA CANHISARES – 23.09.2022)

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2022/09/23 – POP & ARTE / NOTÍCIA / Por g1 – 23/09/2022)

(Fonte: https://observador.pt/2022/09/23 – CULTURA / ESCRITORES / por Rita Cipriano – 23/09/2022)

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