Hermann Muller, foi laureado com o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 1946 por seu trabalho em mutações induzidas por raios X

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Hermann Muller ganhou o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 1946 por seu trabalho em mutações induzidas por raios X.

Hermann Muller (Manhattan, 21 de dezembro de 1890 – Indianápolis, Indiana, 5 de abril de 1967), geneticista americano. Foi laureado com o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1946, por demonstrar que os raios X aceleram ou mesmo desencadeiam mutações genéticas.

Hermann Muller nasceu em Manhattan em 1890 e tornou-se um “rato de laboratório” de 1,58 m. Seu pai, que esculpia estátuas no Muller Art Metal Works, influenciou Hermann com seus ideais socialistas e seu amor à Ciência. Quando criança, Hermann passava o verão fazendo caminhadas nas Adirondack Mountains e, durante a noite, imaginando como a vida seria nos planetas que ele enxergava no seu telescópio.

Depois da sua formatura pela Morris High School, em  1907, com 16 anos, Muller cursou a Columbia University onde foi atraído para a área emergente da genética.

Ele continuou na Columbia para fazer sua pós-graduação, no laboratório de Drosophila do T.H. Morgan. Muller se juntou aos outros estudantes do prof. Morgan para roubar as garrafas de leite deixadas nas escadarias dos edifícios, que eram usadas como criadouro das moscas.  Mas Muller não se acertou bem com Morgan e Alfred Sturtevant, seu estudante, porque Muller sentia que eles não aceitavam completamente as s idéias. 

Conseqüentemente, Muller aparecia apenas em alguns artigos publicados pelo “lab. das moscas”, além dos seus próprios. Em um artigo, Muller mostrou que mutações em um gene podem alterar a expressão de outro gene, o que implica que muitas das características das moscas dependam da interação de diversos genes. Ele saiu do laboratório em 1915, quando se formou,  e começou a trabalhar na University of Texas.

Nos anos 20, Muller realizou sua pesquisa vencedora do Prêmio Nobel, demonstrando que raios X podem induzir mutações, tornando-o famoso instantaneamente. Muller usou da sua fama para alertar contra o uso indiscriminado de raios X na Medicina, mas apesar de seus avisos, alguns médicos indicavam raios X para induzir ovulação em mulheres estéreis.  Seus alertas  irritaram muitos médicos e foram amplamente ignorados.

A visão franca de Muller sobre o socialismo lhe acarretou problemas com a administração do Texas. Ele ajudou na publicação de um jornal comunista na Universidade, e o FBI rastreou as suas atividades. Acreditando que a sociedade americana estava regredindo durante a Depressão, Muller foi para a Europa em 1932.

A mudança para a União Soviética  em 1934 aparentemente o “curou” das suas simpatias comunistas, mas mesmo assim ele se manteve um socialista para sempre. Inicialmente contente com a sociedade progressista, ele escreveu artigos populares elogiando a hospitalidade do povo e a iniciativa das cooperativas dos trabalhadores do campo.

Mas ele foi ficando descontente quando policiais stalinistas atacaram a genética por forçar ideias lamarckistas de evolução. O estado é que determinava quem poderia trabalhar em seu laboratório e questionava-o por citar trabalhos de alemães ou emigrantes russos. Quando ele abandonou, em 1937, vários de seus estudantes e colegas haviam “desaparecido” ou haviam sido mandados para a Sibéria.

Muller ficou oito semanas na Espanha ajudando as Brigadas Internacionais a desenvolverem um método de coleta de sangue de soldados recém-mortos para transfusão,  depois foi para a University of Edinburgh  onde ele continuou trabalhando com raios X e outros mutagênicos, como a UV e o gás mostarda.

A Segunda Guerra Mundial forçou Muller a abandonar a Escócia em 1940, e ele então conseguiu uma posição na Indiana University, em 1945. Um ano depois, Muller ganhou o Prêmio Nobel pelos seus trabalhos em mutações induzidas por raios X . Muller utilizou essa oportunidade para solicitar campanhas de esclarecimento e divulgação para o grande público dos riscos da radiação com raios X.

Ao longo da sua carreira, Muller achava que os cientista deveriam estar envolvidos na educação do povo. Ele não só alertou sobre os efeitos da radiação, mas também lutou contra os ataques à teoria da evolução pelas políticas de ensino do governo do Texas. Ele divulgou seu ponto de vista a  respeito da eugenia – mesmo classificando o movimento eugenista americano de racista e classista,  recomendou o voluntarismo quanto à reprodução através de inseminação artificial para famílias com desordens genéticas. 

Muller morreu em abril de 1967 de falência cardíaca congestiva, em Indianápolis.

 

(Fonte: http://www.odnavaiaescola.com.br/dna/27/bio)

 

 

 

 

 

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