Hércules Rubens Barsotti, pintor, desenhista, programador visual, gravador.

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Hércules Barsotti (1914-2010), artista plástico.
Barsotti ficou conhecido sobretudo por seu trabalho concretista. Na década de 1960, ele integrou o Grupo Neoconcreto do Rio.
Ao lado de Willys de Castro (1926-1988), ele fundou o Estúdio de Projetos Gráficos, em 1954. Juntos realizaram cartazes e marcas e participaram da renovação do design gráfico. Barsotti realizou ainda estampas e padronagens de tecidos no fim dos anos 60.

Em 2004, o MAM-SP organizou uma retrospectiva do artista “Hércules Barsotti: Não-Cor Cor”. Hércules Barsotti, artista plástico morreu na terça-feira (21 de dezembro de 2010) em sua casa em São Paulo. Ele tinha 96 anos.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br/ilustrada – DE SÃO PAULO – 22/12/10)

Hércules Rubens Barsotti (São Paulo SP 1914 – São Paulo, 21 de dezembro de 2010), pintor, desenhista, programador visual, gravador. Inicia formação artística em 1926, sob orientação do pintor Enrico Vio (1874 – 1960), com quem estuda desenho e composição. Em 1937, forma-se em química industrial pelo Instituto Mackenzie. Começa a pintar em 1940 e, na década seguinte, realiza as primeiras pinturas concretas, além de trabalhar como desenhista têxtil e projetar figurino para o teatro. Em 1954, com Willys de Castro (1926 – 1988), funda o Estúdio de Projetos Gráficos, elabora ilustrações para várias revistas e desenvolve estampas de tecidos produzidos em sua tecelagem. Viaja a estudo para a Europa em 1958, onde conhece Max Bill (1908 – 1994), então um dos principais teóricos da arte concreta. Na década de 1960, convidado por Ferreira Gullar (1930), integra-se ao Grupo Neoconcreto do Rio de Janeiro e participa das exposições de arte do grupo realizadas no Ministério da Educação e Cultura – MEC, no Rio de Janeiro, e no Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM/SP. Em 1960, expõe na mostra Konkrete Kunst [Arte Concreta], organizada por Max Bill, em Zurique. Hercules Barsotti explora a cor, as possibilidades dinâmicas da forma e utiliza formatos de quadros pouco usuais, como losangos, hexágonos, pentágonos e circunferências. Em sua obra a disposição dos campos de cor cria a ilusão de tridimensionalidade. Entre 1963 e 1965, colabora na fundação e participa do Grupo Novas Tendências, em São Paulo. Em 2004, o MAM/SP organiza uma retrospectiva do artista.
(Fonte: www.itaucultural.org.br)

Hércules Barsotti, pintor paulistano, um dos principais nomes do construtivismo brasileiro.
Ele integrou o histórico grupo neoconcreto formado pelo poeta e crítico carioca Ferreira Gullar em 1959, sendo convidado no ano seguinte pelo escultor suíço Max Bill a participar da mostra Konkrete Kunst (Arte Concreta), em Zurique. Teve seu papel como renovador da linguagem pictórica e gráfica ao fundar, em 1954, o Estúdio de Projetos Gráficos com o escultor Willys de Castro, seu companheiro por mais de 50 anos, morto em 1988.

A galerista Raquel Arnaud, amiga de ambos desde que trabalhava no Masp, nos anos 1960, fez várias exposições dos dois artistas. Barsotti mostrou pela última vez suas pinturas no Gabinete de Arte em 1998, seis anos antes da retrospectiva do artista no Museu de Arte Moderna de São Paulo. “Crescemos juntos profissionalmente, pois tínhamos um convívio diário até sua última exposição na galeria, onde Willys de Castro foi velado”, lembra.

O pintor Tuneu, que conviveu com Barsotti e Willys, sendo assistente dos dois, destacou a inteligência cromática do pintor e sua filiação à tradição colorista do alemão Josef Albers (1888-1976). Na época em que foi convidado por Gullar para integrar o movimento neoconcreto, no entanto, o pintor fazia uma pintura de superfície com faixas em diagonal e em preto e branco. Foi só em 1963 que o pintor começou a explorar novas possibilidades cromáticas, sempre fiel à figura do losango, sua marca registrada.

Discreto, Barsotti manteve-se sintonizado com os mandamentos da arte concreta a vida toda, alheio aos movimentos pictóricos surgidos depois, como a arte pop e o neoexpressionismo, embora tenha começado sua carreira nos anos 1940 como um pintor figurativo, adotando a abstração geométrica apenas em 1950. Aluno do pintor italiano Enrico Vio (1874-1960) nos anos 1920, sua formação como artista acadêmico seria importante especialmente na disciplina do desenho e da composição. Na época em que a indústria têxtil começou a incentivar a moda brasileira, nos anos 1960, ele trabalhou como design gráfico e no desenho de estamparia para a Rhodia.

Na retrospectiva do MAM/SP (circuito de galerias e museus) realizada em 2004, foram exibidas 90 obras do artista, entre elas as de seu melhor período, compreendido entre 1959 e 1963. O artista participou das bienais de 1957, 1958, 1961 e 1965 e foi homenageado com salas especiais em 1987, 1989 e 1998.
Barsotti morreu no dia 22 de dezembro de 2010, de problemas de senilidade, aos 96 anos.

(Fonte: www.estadao.com.br – Antonio Gonçalves Filho – O Estado de S.Paulo – 23 de dezembro de 2010)

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