Henry de Montherlant, ensaísta francês, viveu e escreveu sempre numa espécie de limbo espiritual

Henri de Montherlant (Paris, 21 de abril de 1896 – Paris, 22 de setembro de 1972), escritor e ensaísta francês, viveu e escreveu sempre numa espécie de limbo espiritual. Para uns preciosamente acima do tempo e para outros inteiramente fora de sua época. Romancista impecável (“Os Bestiários”, “Os Celibatários”), autor de teatro sempre em busca do grande tema histórico (“A Rainha Morta”, sobre a vida de Inês de Castro (1325-1355) – assunto que julgava digno de Shakespeare -, “Port Royal”).

Combateu na Primeira Guerra Mundial, foi ferido na Segunda Guerra Mundial, continuou a publicar suas obras na França ocupada, acusado de colaboracionismo, foi suspenso pela Comissão Nacional de Autores por um ano em 1947. Eleito para a Academia Francesa em 1960.

Montherlant faleceu dia 22 de setembro de 1972, aos 76 anos, de suicídio (tiro na garganta), em Paris.

(Fonte: Veja, 27 de setembro, 1972 – Edição 212 -– DATAS – Pág; 76)