Hélio Silva, historiador, jornalista e cirurgião carioca, autor da série de livros O Ciclo de Vargas

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Hélio Silva (Rio de Janeiro, 10 de abril de 1904 – Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 1995), historiador, jornalista e cirurgião carioca, autor da série de livros “O Ciclo de Vargas”.

Ao longo de sua copiosa produção literária, o médico Hélio Silva sempre se mostrou avesso a incisões mais agudas no passado nacional ou a exames menos superficiais do organismo histórico brasileiro.

Hélio Silva foi sobretudo um aplicado compilador de informações contidas em outros livros ou depoimentos, aos quais às vezes acrescentava luzes por ele próprio recolhidas em entrevistas que conduzia pessoalmente.

O resultado de tais métodos é que suas obras geralmente se transformaram em úteis fontes de consulta, embora não definitivas. Foi o que ocorreu em O Poder Militar, um relato da presença dos quartéis na política brasileira desde o advento da República até 1983.

Num momento em que o poder fardado vai encerrando um período de vinte anos de ostensiva ocupação do aparelho de Estado, o livro de Hélio Silva repete antigas e sempre louváveis lições, o que o tornou especialmente recomendável para os jovens.

Uma delas é que a “coesão militar” proclamada em discursos e ordens do dia é apenas um mito – também nos quartéis existem correntes distintas e facções antagônicas. Outro ensinamento demonstra que os militares sempre se consideraram tutores da República, aliás inaugurada por um punhado de oficiais, em novembro de 1889.

Em 5 de outubro de 1971, aos 67 anos, foi agraciado com o título de Cidadão de Porto Alegre, na Câmara de Vereadores da Capital gaúcha; pela reavaliação histórica da Revolução de 1930; e da figura de Getúlio Vargas, que considerava um déspota, mas após, depois de suas pesquisas históricas, define como “uma das maiores figuras da política brasileira no século 20.”
(Fonte: Veja, 13 de outubro de 1971 – Edição 162 – DATAS – Pág; 86)
(Fonte: Veja, 1° de março de 1995 -– ANO 28 -– N° 9 – Edição 1381 -– Memória – Pág; 70)

(Fonte: Veja, 12 de outubro de 1977 -– Edição 475 -– Livros/ Por Augusto Nunes – Pág: 113)

 

 

 

 

LIBERADO: em 1.° de outubro de 1979, em Porto Alegre, o livro “Memórias: A Verdade de um Revolucionário.” Escrito pelo historiador Hélio Silva a partir do diário pessoal do general Olympio Mourão Filho, um dos chefes do movimento de 31 de março de 1964.

Interditado pela Justiça em agosto de 1978, quando uma filha do general obteve liminar alegando “motivos sentimentais”; pelo mesmo juiz que concedera a liminar, João Ferreira Loureiro, para quem “seria um absurdo que o revolucionário que mais se expôs não pudesse exercer o direito de crítica aos seus companheiros.”

(Fonte: Veja, 7 de outubro de 1979 – Edição 544 – DATAS – Pág; 66)

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