Foi um pioneiro no campo de estudos da teoria das relações internacionais

 

Hans Joachim Morgenthau (nasceu em Coburgo, Alemanha, em 17 de fevereiro de 1904 — faleceu em Nova Iorque, em 19 de julho de 1980), foi autor, professor e cientista político que ganhou atenção nacional na década de 1960 como um dos principais críticos do envolvimento dos Estados Unidos no Vietnã, nascido na Alemanha de família judia, radicou-se nos Estados Unidos aos 33 anos de idade como professor universitário. Foi um pioneiro no campo de estudos da teoria das relações internacionais. Nasceu no dia 17 de fevereiro de 1904, em Coburgo, Alemanha. Na década de 1930, foi professor na Suíça e na Espanha.

Autor de “A Política Entre as Nações”, sua obra mais importante. Foi dos primeiros críticos independentes a censurar o envolvimento dos Estados Unidos no Vietnã. Como Morgenthau estava preocupado em orientar a nova política externa norte-americana, era importante notar a mudança do contexto internacional, caracterizada pelo advento do bipolarismo entre os Estados Unidos e a ex-União Soviética, ou seja, a constatação de que cada um dos países clama possuir a “moralidade correta” a ser seguida por toda a humanidade, o capitalismo e seus valores, de um lado, e o socialismo e os seus valores, do outro.

Os seres humanos como um todo, mesmo dentro do campo de cada um, tenderiam a se aliar a uma ou a outra unidade moral. Finalmente, o advento da tecnologia nuclear implicou que, pela primeira vez na história da humanidade, há uma tecnologia bélica tão poderosa a ponto de eliminar por completo a população de uma cidade, como Hiroshima e Nagasaki demonstraram. Desse momento em diante, os grandes líderes mundiais deveriam levar em consideração, em seus cálculos, esse poder destrutivo. Morgenthau critica a chamada visão idealista das Relações Internacionais. Para ele, a paz mundial somente seria possível por meio de mecanismos negativos, ou seja, por um mecanismo de equilíbrio de poder.

Morgenthau faleceu no dia 19 de julho de 1980, de úlcera, no Hospital Lenox Hill, em Manhattan, em Nova York, após uma curta doença. Ele tinha 76 anos.

(Fonte: Revista Veja, 30 de julho de 1980 – Edição 621 – Datas – Pág; 79)