Gonzalo Rodríguez (Montevidéu, 22 de janeiro de 1972 – Monterey, Califórnia, 11 de setembro de 1999), raçudo e trágico piloto uruguaio conhecido por Gonchi ou Gonzo, da equipe Penske.

Conhecido no Uruguai como “Gonchi”, Rodríguez fazia em 1999 sua melhor temporada em quinze anos de carreira.

Rodríguez faleceu aos 27 anos, em 11 de setembro de 1999 durante os treinos livres para o GP de Monterey, a 17ª etapa da Fórmula Mundial, ex-Indy. Ele perdeu o controle do carro na curva 7 do circuito de Laguna Seca.

Ele bateu nos pneus da famosa curva do saca-rolha, foi lançado ao ar, atravessou a mureta e caiu em um barranco, de cabeça para baixo. Rodriguez quebrou o pescoço e morreu.

Em sinal de luto, sua equipe não disputou a prova de Monterey.

(Fonte: Veja, 22 de setembro de 1999 – ANO 32 – N º 38 – Edição 1616 – DATAS – Pág: 122)

 

 

Gonchi: filme sobre o raçudo e trágico piloto Gonzalo Rodríguez

Um personagem meteórico do automobilismo virou um filme emocionante sobre o esporte. A vida do uruguaio Gonzalo Rodríguez está no documentário dramatizado “Gonchi”, lançado na plataforma de vídeos Netflix. Morto em um acidente até então impensável na Fórmula Indy, aos 28 anos, Gonzalo talvez tenha herdado o direito de ser considerado o melhor piloto uruguaio da história. É um filme apaixonado por automobilismo e que mostra, como Gonchi, que a “raça uruguaia” também existe nas pistas, não só nos campos de futebol.

Foram apenas 28 anos de vida e cinco anos de corridas na Europa, mas o suficiente para mostrar algo especial. Com pouco financiamento, muito talento e capacidade de disputar freadas com os melhores, Rodríguez venceu corridas na Fórmula Renault europeia antes de apostar tudo na Fórmula 3000. Ao fim de três temporadas, colecionou três vitórias, uma delas épica na prévia do GP de Mônaco.

Chamou a atenção de ninguém menos que a gigante equipe Penske, do outro lado do oceano. Ganhou a chance de disputar uma prova em Detroit, com um dos piores carros que Roger Penske criou em sua garagem, mas ainda assim somou um pontinho. Aí veio a trágica e amaldiçoada corrida em Laguna Seca. Tentando melhorar sua posição no grid, Gonchi teve problemas nos freios, travou rodas e bateu na mureta. Só que a barreira ao invés de segurar seu carro, jogou por cima da grade de proteção. Com o cockpit virado, ele acabou sob o carro no fim da capotagem e morreu devido aos ferimentos.

(Fonte: http://www.correiodopovo.com.br – Fórmula Indy – História/por Bernardo Bercht – 2 de setembro de 2015)